- Características
de Caim e de Abel
- As ofertas de
ambos e as respostas do Senhor
- A reação de Caim
e as advertências do Senhor
- O desprezo ao
conselho divino e o homicídio premeditado
- A mentira de
Caim e os castigos divinos (maldições mitigadas)
- A descendência
de Caim: graça comum e desenvolvimento cultural
- Lameque: o ápice
do distanciamento do homem de Deus
- O nascimento de
Sete e a fidelidade de Deus à Sua palavra
- Conclusão
- Referências
bibliográficas
CARACTERÍSTICAS DE CAIM E ABEL
Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu à luz a Caim;
então, disse: Adquiri um varão com o auxílio do SENHOR. Gn 4.1
Após a Queda e a
expulsão do Paraíso, a narrativa bíblica enfatiza o nascimento do primeiro
filho de Adão e Eva.
Eva declara que
obteve um varão (e não um menino), possivelmente uma alusão ao fato de que a
mulher (varoa) foi formada do homem, e agora o homem (varão) nasce da mulher, e
ambos dependem de Deus (I Co 11.11-12).
Este foi um
momento importante, pois para eles o nascimento de um filho era o cumprimento
da promessa de Deus feita em Gn 3.15.
Seria Caim o
descendente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente?
Caim tinha tudo
para ser esse descendente:
- Sua mãe declarou
que ele nasceu “com auxílio do Senhor”;
- Ele foi ensinado
desde o nascimento a adorar ao Senhor;
- Ele foi o
primogênito e possui todos os privilégios;
- Seguiu os passos
do pai e foi lavrador.
Depois, deu à luz a Abel, seu irmão. Abel foi pastor de ovelhas, e
Caim, lavrador. Gn 4.2
O nome “Abel”
significa vapor, vaidade. E a narrativa bíblica mostra que ele viveu dessa
forma, vulnerável, passiva. Ele não falou, não se defendeu.
Qual dos dois
parecer o mais adequado para ser o descendente da mulher, o prometido pelo
Senhor? O primogênito Caim ou o vulnerável Abel?
AS OFERTAS DE AMBOS E AS RESPOSTAS DO SENHOR
Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma
oferta ao SENHOR. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da
gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; ao passo que de
Caim e de sua oferta não se agradou. Gn 4.3-5a
Dois pontos
merecem atenção: a pessoa do ofertante e a oferta.
O texto diz que o
Senhor se agradou de Abel e da sua oferta. Deus olhou primeiramente para o
ofertante, Abel, e viu nele sinceridade de coração, desejo profundo de adorá-lo
através daquela oferta. Esse foi o primeiro “acerto” de Abel.
Além disso, Abel
ofereceu das “primícias do seu rebanho”, ou seja, ofereceu o melhor que tinha
como adoração ao Criador de todas as coisas. Esse foi o segundo “acerto” de
Abel.
Por outro lado, Caim não acertou em nenhum desses pontos. Ele cumpriu o “ritual religioso” de adoração ao apresentar sua oferta, mas seu coração não estava disposto a adorar a Deus, não havia demonstração de amor e gratidão ao Soberano Criador.
Além disso, Caim
ofereceu oferta “do fruto da terra”. A palavra “primícias” está ausente, a
oferta não é o melhor disponível.
Esses dois
fatores foram essenciais para Deus se agradar da oferta de Abel e não se
agradar da oferta de Caim.
A REAÇÃO DE CAIM E AS ADVERTÊNCIAS DO SENHOR
Irou-se sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe disse
o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes
bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o
pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. Gn
4.5-7
Como consequência
da rejeição de Deus, Caim ficou irado a ponto disso transparecer em sua
aparência. Era uma ira profunda.
O Senhor foi ao
encontro de Caim e advertiu-o quanto à necessidade de se afastar da ira e ter
atitudes corretas, a fim de ser aceito por Deus. Caso Caim procedesse mal, “eis
que o pecado jaz à porta”. Essa expressão significava “estar de emboscada”. O
pecado, o mal, a serpente enganadora estava novamente de emboscada, pronta para
dar o bote e ferir Caim, assim como fez com seus pais.
O DESPREZO AO CONSELHO DIVINO E O HOMICÍDIO PREMEDITADO
Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo,
sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou. Gn 4.8
Caim desprezou as
advertências dadas pelo Senhor, e continuou alimentando ira contra Deus e
inveja do seu irmão. Esses sentimentos pecaminosos o levaram à prática do
pecado, ao assassinato do seu próprio irmão.
Recusar os
conselhos divinos e nutrir sentimentos maliciosos é a receita para a prática do
pecado, conforme consta na epístola escrita por Tiago, irmão de Jesus:
Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não
pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é
tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça,
depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado,
gera a morte. Tg 1.13-15
O primeiro
assassinato narrado nas Escrituras teve duas características que o tornaram
ainda mais terrível: foi premeditado e foi contra o único irmão.
“Vamos ao campo”.
Caim há muito nutria inveja de seu irmão. Quando o chamou para ir ao campo,
certamente já tinha planejado e repassado seu plano mentalmente diversas vezes.
Pensou no dia, no horário e no local para melhor execução da sua intenção
pecaminosa.
Para o povo de
Israel, todo crime cometido no campo era premeditado, pois impedia que a vítima
fosse socorrida.
Porém, se algum homem no campo achar moça desposada, e a forçar, e se
deitar com ela, então, morrerá só o homem que se deitou com ela; à moça não
farás nada; ela não tem culpa de morte, porque, como o homem que se levanta
contra o seu próximo e lhe tira a vida, assim também é este caso. Pois a achou
no campo; a moça desposada gritou, e não houve quem a livrasse. Dt 22.25-27
O segundo aspecto
que torna esse assassinato mais horrível ainda é que ele foi cometido contra o
único irmão de Caim.
Durante a
narrativa de Gênesis 4, por sete vezes é dito que Abel é irmão de Caim. Sete
vezes. E mesmo assim, Caim não teve piedade, ele planejou e assassinou seu
único irmão com assombrosa frieza.
“(...) seu irmão. A palavra “irmão” aparece sete vezes nos vs.
2-11. e o matou. Os sentimentos ruins de Caim contra Deus
transformaram-se em ódio e inveja irracional contra seu irmão. Ao abandonar
Deus, ele renunciou à imagem de Deus. O rompimento dos laços familiares que
começou no cap. 3 se intensificou com o fratricídio. Como seus pais no orgulho
de seus pecados, Caim quis se apropriar da soberania divina, até mesmo sobre a
vida.”
BÍBLIA DE ESTUDO
DE GENEBRA. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo: Cultura Cristã, 2ª
edição, 2009. p.15, comentário sobre Gn 4.8
A MENTIRA DE CAIM E OS CASTIGOS DIVINOS (MALDIÇÕES MITIGADAS)
Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu imão? Ele respondeu: Não
sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão? E disse Deus: Que fizeste? A voz do
sangue de teu irmão clama da terra a mim. És agora, pois, maldito por sobre a
terra, cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão.
Quando lavrares o solo, não te dará ele a sua força; serás fugitivo e errante
pela terra. Gn 4.9-12
Talvez Caim
estivesse convencido de que ninguém saberia o que ocorreu. Seu coração estava
tão afundado no pecado que ele se esqueceu do Criador Onipresente e Onisciente.
Deus viu e sabia o que Caim tinha feito.
Deus questionou
Caim: “Onde está seu irmão?” É uma pergunta retórica, talvez uma oportunidade
para arrependimento.
“Não sei; acaso,
sou eu tutor de meu irmão?”
“(...) Sua pergunta era absurda. O hipócrita sarcástico já havia
determinado o destino do seu irmão. Ao se fingir de inocente, ele repetia a
tentativa de seu pai de se esconder.
BÍBLIA DE ESTUDO
DE GENEBRA. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo: Cultura Cristã, 2ª
edição, 2009. p.15, comentário sobre Gn 4.9
Caim se manteve
distante de Deus e próximo do diabo, o pai da mentira (Jo 8.44). Não houve
arrependimento, não houve pedido de perdão.
Ira contra Deus,
inveja do irmão, planos maliciosos, assassinato premeditado do único irmão,
mentira contra Deus. Esse foi Caim, aquele que nasceu com a esperança de ser o
descendente da mulher, mas que se revelou ser o descendente da serpente.
Caim não era a
semente da mulher. Caim era a semente da serpente.
Então, disse Caim ao SENHOR: É tamanho o meu castigo, que já não posso
suportá-lo. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua presença hei de
esconder-me; serei fugitivo e errante pela terra; quem comigo se encontrar me
matará. O SENHOR, porém, lhe disse: Assim, qualquer que matar a Caim será
vingado sete vezes. E pôs o SENHOR um sinal em Caim para que o não ferisse de
morte quem quer que o encontrasse. Gn 4.13-15
O Soberano Juiz
amaldiçoou Caim. Ele passou a ser maldito sobre a terra, a terra não daria sua
força, ele seria fugitivo e errante. Caim seria exilado da civilização e da
presença de Deus.
Mais uma vez Caim
não demonstrou arrependimento. Ao invés disso, ele respondeu demonstrando
apenas compaixão de si mesmo, se colocando como um “pobre infeliz” diante da
severa punição dada por Deus.
Nessa passagem é
importante destacar que as maldições dadas por Deus a Caim não foram absolutas,
mas sim mitigadas, como nas maldições dadas em Gênesis 3.
Não se sabe qual
foi o sinal colocado por Deus em Caim, contudo, isso também não importa tanto.
O que importa é perceber como Deus foi bondoso com Caim, mesmo com todas as
circunstâncias desfavoráveis a ele.
Apesar de Caim
não merecer, Deus demonstrou sua misericórdia ao poupar-lhe a vida, e graça ao
permitir que ele constituísse família e tivesse descendência sobre a terra.
A DESCENDÊNCIA DE CAIM: GRAÇA COMUM E DESENVOLVIMENTO CULTURAL
Os versículos 17
a 22 de Gênesis 4 narram que os descendentes de Caim empreenderam grande
desenvolvimento cultural, como consequência da graça comum de Deus que estava
sobre eles.
“(...) Vemos novamente a bondade e a misericórdia de Deus nos
desenvolvimentos culturais que permitem ao povo enfrentar e desfrutar algum
prazer num ambiente hostil e debaixo da maldição de Deus.
GREIDANUS, S.
Pregando Cristo a partir de Gênesis; tradução de Marcos José Soares de
Vasconcelos. São Paulo: Cultura Cristã, 2009. p 121.
Contudo, esse
desenvolvimento cultural foi acompanhado pelo agravamento do pecado e
consequente afastamento de Deus.
LAMEQUE: O ÁPICE DO DISTANCIAMENTO DO HOMEM DE DEUS
Lameque tomou para si duas esposas: o nome de uma era Ada, a outra se
chamava Zilá. (...) E disse Lameque às suas esposas: Ada e Zilá, ouvi-me; vós
mulheres de Lameque, escutai o que passo a dizer-vos: Matei um homem porque ele
me feriu; e um rapaz porque me pisou. Gn 4.19,23
Apesar desse
desenvolvimento cultural, a narrativa bíblica mostra que o pecado está cada vez
mais enraizado nas atitudes humanas. Lameque, o sétimo descendente de Adão,
quebrou a ordem divina de casamento entre um homem e uma mulher,
e casou-se com duas mulheres. Além disso, ele se vangloriou de ter
matado dois homens por motivos banais, como ele mesmo disse: um porque o feriu
e outro porque o pisou.
“4.19 duas esposas. A bigamia representa um abuso da instituição
do casamento, que Deus pretendia que fosse monogâmico (2.24)”.
BÍBLIA DE ESTUDO
DE GENEBRA. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo: Cultura Cristã, 2ª
edição, 2009. p.15, comentário sobre Gn 4.19
Ao matar esses
homens, Lameque ofendeu mais uma vez a lei de Deus, que determinava que a pena
deveria ser proporcional ao crime cometido (Ex 21.23-25).
Ele completa sua
fala às esposas com mais uma quebra da lei de Deus: ao invés da vingança de
sete vezes prometida pelo próprio Deus a quem matasse Caim (vingança completa,
perfeita), Lameque promete vingar setenta vezes sete quem atentasse contra sua
vida (vingança “mais que perfeita”). Ele se coloca no lugar de Deus e promete
ser mais vingativo que o próprio Criador.
As atitudes de
Lameque descrevem-no como bígamo, assassino cruel, mais vingativo que o próprio
Criador e extremamente orgulhoso dessas ações. Lameque representa o ápice do
distanciamento do homem de Deus.
Em apenas sete
gerações, o homem se afastou completamente do seu Criador, e passou a viver
como se ele não existisse, sem importar com Sua Palavra e com Sua lei.
Seria esta a
vitória da semente da serpente sobre a semente da mulher?
“(...) A história está quase no fim. O narrador descreveu
sucintamente o terrível desenvolvimento
do pecado na história humana. Somente sete gerações depois de Adão, um número
completo de gerações, e o pecado chegou à plena fruição: os seres humanos se
gabam de poderem defender a si mesmos; não precisam de Deus; não precisam da
sua lei; eles mesmos decidirão o que é bom e o que é mau (3.4); podem ser
deuses para si mesmos. É esse o pecado de Adão e Eva, só que mais insolente.
Com o seu desenvolvimento cultural, eles podem se virar sozinhos. Em apenas
sete gerações, a humanidade se desintegrou de um mundo em que Deus era adorado
e cultuado para um mundo em que os seres humanos pensam que podem viver sem
Deus. (...)”
GREIDANUS, S.
Pregando Cristo a partir de Gênesis; tradução de Marcos José Soares de
Vasconcelos. São Paulo: Cultura Cristã, 2009. p 122
O NASCIMENTO DE SETE E A FIDELIDADE DE DEUS À SUA PALAVRA
O maravilhoso
Senhor não permitiu que a narrativa bíblica terminasse dessa forma. Os
versículos 25 e 26 apresentam a renovação da esperança do homem e a fidelidade
de Deus à Sua palavra.
Tornou Adão a coabitar com sua mulher, e ela deu à luz um filho, a quem
pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me concedeu outro descendente em
lugar de Abel, que Caim matou. A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o
nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do SENHOR. Gn 4.25-26
Deus deu outro
filho ao primeiro casal. E Eva reconheceu que Caim não era o filho da promessa,
mas sim Abel, que foi assassinado. Agora, com o nascimento de Sete, sua
esperança estava renovada. Este era o filho prometido pelo Senhor, que daria
prosseguimento à descendência da mulher.
Pela graça de
Deus, a descendência da serpente não havia triunfado.
“(...) Na batalha entre a semente da mulher e a semente da serpente,
Deus é fiel em continuar a linhagem da semente da mulher. (...)”
GREIDANUS, S.
Pregando Cristo a partir de Gênesis; tradução de Marcos José Soares de
Vasconcelos. São Paulo: Cultura Cristã, 2009. p 123
A narrativa
termina com o filho de Sete, chamado Enos (fraqueza), a partir do qual
passou-se a invocar o nome do Senhor.
A semente da
serpente, a descendência de Caim, obteve grandioso desenvolvimento cultural,
eram homens fortes e violentos, mas seu coração estava longe de Deus. Eles se
autodeclaravam serem deuses. Já a semente da mulher era composta de pessoas
vulneráveis como Abel e frágeis como Enos, mas que invocavam o nome do Senhor.
Seu coração estava voltado para louvar o Criador, para depender Dele em todas
as situações. Eles foram os “pioneiros da adoração”.
“(...) Deus é fiel para dar continuidade à linhagem da semente da
mulher. Se Deus não fosse fiel, essa descendência teria desaparecido com a
morte de Abel. Mas Deus levantou Sete e seus descendentes para continuar o seu
povo sobre a terra. É claro que isso também quer dizer que a amarga batalha com
a semente da serpente continua. (...)”
GREIDANUS, S.
Pregando Cristo a partir de Gênesis; tradução de Marcos José Soares de
Vasconcelos. São Paulo: Cultura Cristã, 2009. p 123
Assim como foi
fiel com Adão e Eva, Deus permanece fiel no sustento da semente da mulher, o
seu povo, durante toda a história da humanidade, conforme nos garantem as
Escrituras Sagradas.
Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque
maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo. I Jo 4.4
CONCLUSÃO
Com o nascimento
de Caim, Eva pensou ser ele o descendente prometido. Conforme a ótica humana,
realmente Caim tinha todos os requisitos para ser esse homem, contudo, a
narrativa bíblica mostra que isso não ocorreu.
Deus se agradou
de Abel e de sua oferta, pois seu coração estava cheio de amor e gratidão ao
Senhor, e sua oferta era das primícias do rebanho. Caim errou como ofertante,
pois seu ato era apenas externo, sem amor, e na oferta, que não era a melhor
disponível.
Como resposta à
rejeição de Deus, Caim ficou extremamente irado contra Deus e nutriu inveja do
seu irmão. Ele desprezou as advertências do Senhor, planejou, assassinou seu
irmão friamente, mentiu para Deus e não mostrou arrependimento em nenhum
momento. Caim era a semente da serpente, e não da mulher.
Apesar de tudo
isso, Deus mostrou-se misericordioso e gracioso para com Caim. As maldições
foram duras, mas não absolutas. Caim foi mantido com vida, através de uma marca
colocada pelo Senhor, e com possibilidade de desenvolver sua descendência.
A descendência de
Caim cresceu sobre a face da terra e alcançou notável desenvolvimento cultural,
entretanto, o pecado aumentou em quantidade e “qualidade”, tornando-se cada vez
mais terrível.
Lameque foi o
arquétipo do ápice do pecado e do distanciamento de Deus na vida de um homem.
Ele vangloriou-se de ter quebrado a lei de Deus em vários momentos, e se
autointitulou como mais perfeito que o próprio Criador.
Nesse momento
histórico, tudo levava a crer que a semente da serpente havia triunfado sobre a
semente da mulher. Mas, pela graça soberana de Deus, esse não era Seu plano
para a humanidade.
Deus deu ao
primeiro casal outro filho, Sete, o descendente da mulher que substituiria
Abel. A partir do filho de Sete, Enos, passou-se a invocar o nome do Senhor.
A descendência da
serpente desenvolveu-se culturalmente, mas estava longe de Deus. A descendência
da mulher era composta de pessoas frágeis, que depositavam sua esperança no
Criador. Eram os verdadeiros adoradores.
Essa batalha
permanece até hoje, mas as Escrituras nos garantem a vitória por meio do Senhor
Jesus Cristo, o Messias Prometido que esmagou a cabeça da serpente, que reina
absoluto sobre o Universo e que voltará para resgatar a sua Igreja.
1Extraído e adaptado
de: GREIDANUS, S. Pregando Cristo a partir de Gênesis; tradução de Marcos José
Soares de Vasconcelos. São Paulo: Cultura Cristã, 2009. p. 109-124.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÍBLIA DE ESTUDO
DE GENEBRA. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo: Cultura Cristã, 2ª
edição, 2009. 1920p.
GREIDANUS, S.
Pregando Cristo a partir de Gênesis; tradução de Marcos José Soares de
Vasconcelos. São Paulo: Cultura Cristã, 2009. 824 p.
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