sábado, 21 de março de 2015

Dons Espirituais - aula 08 - Dom espiritual de administração ou governos


DONS ESPIRITUAIS


AULA 08


DOM ESPIRITUAL DE ADMINISTRAÇÃO OU GOVERNOS


Base bíblica: I Co 12.28

A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.


Definição:

O possuidor deste dom espiritual é motivado por Deus a pensar nos problemas da Igreja em busca de soluções práticas. Gosta de colaborar no planejamento dos trabalhos e na tomada de decisões. Compreende os alvos de Deus a curto, médio ou longo prazos; formula e executa planos para alcançá-los por etapas, alcançando um objetivo por vez até chegar ao alvo.


Palavras-chave:

 - pensar nos problemas da Igreja em busca de soluções práticas

- colaborar no planejamento dos trabalhos e na tomada de decisões

- compreender os alvos de Deus a curto, médio ou longo prazos

- formular e executar planos para alcançá-los por etapas, alcançando um objetivo por vez até chegar ao alvo


O Senhor Deus é o governador de todos os povos.

Alegrem-se e exultem as gentes, pois julgas os povos com equidade e guias na terra as nações. Sl 67.4


O possuidor do dom espiritual de administração é quem dirige um grupo para alcançar um alvo escolhido. É o timoneiro do barco.

Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. Tg 3.4


Diferenças entre os dons de liderança e administração

LIDERANÇA
ADMINISTRAÇÃO
Compreende os propósitos de Deus para determinado grupo de pessoas
Compreende o que deve ser feito para alcançar as metas propostas pelo líder do grupo
Estabelece metas para alcançar os propósitos de Deus
Estabelece e executa o planejamento com o objetivo de alcançar as metas propostas pelo líder
Responde diretamente a Deus
Responde diretamente ao líder do grupo
É o capitão do navio
É o timoneiro do navio
 
Os dois dons são mutuamente excludentes, ou seja, uma pessoa não pode ter os dois dons.
 


Um líder não deve sentir-se ameaçado por uma pessoa com o dom de administração. Os dois dons (liderança e administração) são presentes dados por Deus e são igualmente essenciais para o bom desenvolvimento do Corpo de Cristo.

O líder deve rogar incessantemente a Deus para que coloque ao seu lado administradores fiéis e piedosos, que possam dividir com ele a grande responsabilidade de guiar pessoas a compreender e cumprir a vontade de Deus em suas vidas.

Nunca podemos perder de vista que o exercício desses dois dons, assim como de todos os demais, tem o objetivo de glorificar a Deus e fazer o Seu Nome conhecido em todos os lugares.


Características:

- Planeja e organiza o trabalho pelo qual é responsável, com entusiasmo e motivação. Faz o mesmo ao colaborar com o trabalho dos outros.

- Inicia ou mantém um trabalho bem organizado, de modo a alcançar os objetivos planejados com prioridade, por sentir-se responsável diante de Deus. Geralmente prefere trabalhar na administração de uma equipe ou grupo sob a liderança de outra pessoa que saiba liderar bem, em vez de ser ele próprio o administrador e líder.

- Fica nos bastidores aguardando o chamado do líder para assumir a responsabilidade administrativa de um grupo.

- É muito prático. Reconhece e quer adotar as ideias realizáveis, rejeitando as inviáveis, sejam dele ou de terceiros. Quer trabalhar com alvos nítidos e realistas. Na falta destes, sente que está perdendo tempo, pois, sem objetivos, é impossível controlar o desenvolvimento do projeto e do grupo.

- Tem capacidade de organizar ideias e planejar o uso de recursos, pessoas e tempo para alcançar um alvo previamente estabelecido.

- Gosta de formular planos detalhados e com sequência cronológica, prevendo questões a serem resolvidas no decorrer de sua execução.

- Sente-se realizado quando os planos são executados, os alvos alcançados e há satisfação geral.

- Em um grupo desorganizado, onde não há um líder, assume a liderança caso outra pessoa do grupo não o faça, por não tolerar desorganização nas coisas de Deus, embora prefira não liderar.

- Tem capacidade para distinguir entre tarefas que podem ser delegadas e outras que não podem.

- Está disposto a reestruturar um grupo ou os planos do grupo, quando detecta pontos fracos na sua organização ou administração. Isso acontece principalmente quando ele é convidado a integrar um grupo já existente, como por exemplo uma sociedade interna ou projeto social da Igreja.

- Evita, sempre que possível, trabalhar com pessoas desorganizadas.

- Entende que é importante e, às vezes, necessário introduzir mudanças para o bem do trabalho do Senhor. Poderá ter dificuldade em administrar um grupo com pessoas resistentes a mudanças.

- Tem facilidade em aproveitar ideias que funcionam em outro lugar, adaptando-as à sua situação.

- Quando tem uma ideia para a área de sua responsabilidade, quer espaço para desenvolvê-la na fase inicial, para ter certeza que seus propósitos estão sendo realizados.

- Sente que é preciso “pisar no freio” quando alguns querem, no entusiasmo do momento, levar o grupo rapidamente a um novo tipo de envolvimento. Tem facilidade para detectar e repelir rapidamente ideias impraticáveis.


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:

- Não estar sintonizado com o líder. Pela facilidade que tem de organizar um projeto, involuntariamente pode ameaçar a segurança de pessoas no cargo de liderança, principalmente se tais pessoas não tiverem o dom espiritual de liderança.

- Estar tão convencido de suas próprias opiniões sobre a maneira de realizar um projeto pode levá-lo a não incentivar o debate, desvalorizando os componentes do grupo. Ressente-se de não saber ouvir críticas.

- Menosprezar e/ou criticar a pessoa com dom de liderança, por entender que sua maneira de administrar beneficia mais o grupo. Não perceber que seu lugar é ao lado do líder, como seu braço forte.

- Olhar as pessoas apenas como “recursos” para a realização de um projeto, por valorizar mais projetos que pessoas. Esquece-se que os projetos são meios dados por Deus para que as pessoas alcancem Sua vontade.

- Por não admitir que o trabalho de Deus seja mal organizado, pode provocar problemas de relacionamento com os responsáveis por um projeto desorganizado. Poderá até mesmo interpretar mal o caráter dessas pessoas e se afastar delas.

- Pode ser um fracasso como servo do Senhor e como canal pelo qual Deus transmite verdadeiras bênçãos espirituais. Isso ocorre quando ele abandona a orientação do Espírito Santo e prioriza técnicas humanas de administração, valorizando resultados em detrimento das pessoas.

-  Ficar impaciente, irritado e insatisfeito quando precisa trabalhar com pessoas desorganizadas, tendo dificuldade de se adaptar a elas. Às vezes recusa a colaboração de tais pessoas e pode ser tido com “antipático”. Perde a oportunidade de atrair pessoas para mais perto do Senhor por meio do exercício dos outros dons.

- Sentir-se “vocacionado” por Deus para criticar as decisões administrativas erradas tomadas pela liderança. As críticas constantes podem dividir o grupo e até mesmo a Igreja.


Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não possuem o dom de administração também devem se esforçar para administrarem bem sua própria vida, seu lar, seu trabalho e estudos, como forma de glorificar a Deus e fazer Seu Nome conhecido.

Administrar bem sua própria vida é uma forma de gratidão a Deus pelo que Ele fez em nossas vidas.

Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. I Pe 4.10


Áreas onde o dom espiritual pode ser utilizado:

- Lares
- Estudos (escola/faculdade)
- Trabalho
- Sociedades internas da Igreja
- Conselho e Junta Diaconal
- Escola Dominical
- Projetos específicos da Igreja
  

Um comentário:

  1. Obrigado, ajudou-me muito.
    Gostaria que compartilhasse comigo, mais assuntos sobre esse tema.
    Meu e-mail: alexicpb@gmail.com

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