- Introdução
- A importância
político-religiosa de Nicodemos (v.1)
- O momento do
encontro com Jesus (v.2)
- O conceito de
Nicodemos sobre Jesus – convicção humana (v.2)
- Conceitos
equivocados sobre quem é Deus
- A resposta de
Jesus e a necessidade do novo nascimento (v.3)
- Conceitos
equivocados sobre o novo nascimento
- A réplica de
Nicodemos – ironia (v.4)
- A explicação
ampliada por Jesus (vs.5-8)
- A convicção
humana destruída – a dúvida de Nicodemos (v.9)
- Jesus se
apresenta como o Deus encarnado e Salvador (vs.10-14)
- Conclusão
- Referências
bibliográficas
INTRODUÇÃO
Definir o Ser de
Deus sempre foi um objetivo dos homens. Desde o início da criação o ser humano
sempre tentou compreender o Ser e as obras de Deus de acordo com sua própria
inteligência e capacidade de raciocínio.
Contudo, as
Escrituras Sagradas são claras ao afirmarem que o pecado provocou separação
entre o Criador e a criatura, e afetou drasticamente todas as áreas do homem,
corpo e alma, mente e coração. Desde então, o homem não é capaz de compreender
Deus, muito menos de defini-lo e de relacionar-se com Ele da forma que O
agrada.
Nicodemos não
compreendia tais verdades, e sua conversa com Jesus foi determinante para a
transformação operada por Deus em sua vida, o novo nascimento que somente o
Deus Salvador pode nos dar, o ponto de partida para a nova vida vivida em
Cristo e para Cristo.
A IMPORTÂNCIA POLÍTICO-RELIGIOSA DE NICODEMOS (v.1)
Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais
dos judeus. Jo 3.1
O texto bíblico
nos apresenta um homem chamado Nicodemos, que era fariseu e um dos principais
dos judeus.
Os fariseus eram
uma ala conservadora do judaísmo, muito respeitada na comunidade por seu grande
conhecimento da lei e por sua disciplina rígida e prática de boas obras. A
palavra “fariseu” significa “separado ou afastado”.
Nicodemos era “um
dos principais dos judeus”, o que nos leva a crer que ele fazia parte do
Sinédrio, grupo de 70 ou 72 homens que governavam o país em sujeição ao domínio
romano. Logo, ele fazia parte tanto da elite religiosa como política do seu
povo, sendo que o próprio Jesus o chamou de “mestre em Israel” (Jo 3.10).
O MOMENTO DO ENCONTRO COM JESUS (v.2)
Este, de noite, foi ter com Jesus (...). Jo 3.2a
Por que o escritor bíblico enfatiza que o encontro ocorreu à noite?
Muitos pensam que
esse encontro ocorreu à noite porque ele tinha medo ou vergonha de ser visto
conversando com Jesus, já que Nicodemos era um doutor da lei, grandemente
respeitado por sua sabedoria, e Jesus era tido apenas como um pregador
“estranho” (da Galileia) ainda pouco conhecido.
Porém, essa não
parece ser a melhor interpretação para a passagem.
Se observarmos o
Evangelho de João, veremos que o autor gosta de utilizar o contraste entre luz
e trevas, dia e noite.
Ele [Judas], tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite. Jo 13.30
Neste texto, está
claro que a ênfase dada ao período cronológico do tempo foi feita para
caracterizar, também, o estado espiritual de trevas de Judas Iscariotes. Seguem
outros textos que demonstram esse contraste:
É necessário que façamos
as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém
pode trabalhar. Jo 9.4
Respondeu Jesus: Não são
doze as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz
deste mundo; mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz. Jo
11.9-10
Logo, parece que
o mesmo vale para o texto de Jo 3.2, ou seja, “de noite” aponta para o estado
espiritual de confusão de Nicodemos ao visitar Jesus, e não para justificar
eventuais preocupações sociais dele.
O CONCEITO DE NICODEMOS SOBRE JESUS –
CONVICÇÃO HUMANA (V.2)
(...) Rabi, sabemos que
és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu
fazes, se Deus não estiver com ele. A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em
verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Jo 3.2-3
Um olhar
apressado sobre esse versículo pode nos levar a concluir que Nicodemos foi
gentil e respeitoso ao chamar Jesus de mestre e reconhecê-lo como alguém que
fazia milagres vindos do próprio Deus.
Não parece uma boa definição de Jesus?
Por outro lado, a
resposta de Jesus parece dura e desconexa. Parece que Nicodemos falou de um
assunto e Jesus respondeu sobre outro.
Como entender esse diálogo?
(...) Rabi, sabemos
que és Mestre vindo da parte de Deus
Nicodemos começou
seu diálogo dizendo: “(nós) sabemos”. Não há qualquer indício no texto bíblico
que Nicodemos estivesse acompanhado, logo, por que ele disse “sabemos”?
“É quase impossível
evitar a conclusão de que, em todo o respeito formal que Nicodemos mostrou para
com Jesus, há um pequeno elemento de autoimportância: “Rabi, nós o temos
examinado e observamos que você não é um mestre religioso ordinário. Há
inúmeros charlatães por aí, os quais declaram que fazem milagres, mas são
fraudulentos, passageiros ou irracionais. Mas observamos o tipo de coisa que
você faz e não podemos negar que isso é miraculoso. A única explicação é que
isso é de Deus. Por isso, chegamos à conclusão de que você é um mestre vindo da
parte de Deus”. Este parece ser o significado das palavras de Nicodemos.”
Donald A. Carson,
O Deus Presente – Encontrando seu lugar no plano de Deus; traduzido por
Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos: Editora Fiel. 2012. p. 177
O elogio formal
feito por Nicodemos demonstra um leve sentimento de superioridade dele para com
Jesus. Nicodemos se via como o doutor da lei (juntamente com seus pares
fariseus), capaz de avaliar as obras e o próprio caráter dos profetas para
“decidir” quem vinha da parte de Deus e quem era impostor.
CONCEITOS EQUIVOCADOS SOBRE QUEM É DEUS
Tal qual
Nicodemos, muitas pessoas pensam conhecer Deus apenas porque veem alguns de
Seus atributos e obras ao longo da vida. Outros pensam conhecê-lo porque alegam
ter passado por “experiências místicas”, nas quais foram tomadas por sensações
“indescritíveis” advindas de um estado superior e momentâneo de religiosidade.
Tais situações,
em geral, levam tais pessoas a descreverem Deus de três formas.
1- O avô
supermanso
Deus é um
cavaleiro benevolente, que tem uma barba longa e esvoaçante, cuja tarefa
primordial é ser bom. É como um avô de suspensórios sentado na praça e
distribuindo balinhas para as crianças. “Deus é bom. Ele certamente perdoará.”
2- O Deus
distante
Deus é muito
grande, muito maior do que tudo que existe. Ele é tão grande que não tem tempo
para se preocupar com sua criação. Deus criou o universo, o colocou para
funcionar como um grande relógio e virou as costas para ele.
3- O Deus carente
Se você precisa de
alguma bênção, basta agradar a Deus que ele te recompensará. É o modelo de
“troca de favores”. Eu vou à Igreja duas vezes por semana e Deus me dá um bom
emprego. Eu oro uma vez por dia e Deus me dá saúde. Eu leio a Bíblia quando
preciso, Deus fica feliz e me dá algum “presentinho” em troca.
Extraído e adaptado de: Donald A. Carson, O Deus Presente – Encontrando
seu lugar no plano de Deus; traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São
José dos Campos: Editora Fiel. 2012. p. 61-65
A RESPOSTA DE JESUS E A NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO (V.3)
Não é possível
ter certeza sobre qual “tipo” de Deus Nicodemos tinha em mente, mas a resposta
de Jesus nos deixa claro que não era o verdadeiro Deus de Israel, o “EU SOU” de
Ex 3.14.
Ciente do que se
passava na mente e no coração de Nicodemos, Jesus destrói a convicção humana
dele com uma resposta curta, mas firme e direta.
“(...) Em verdade, em
verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
(...)”
Os homens podem
ver os milagres, os sinais, mas certamente não podem ver o reino de Deus se não
nascerem de novo. Jesus deixa claro que ninguém pode compreender Sua obra
redentora se não for transformado pela graça de Deus.
CONCEITOS EQUIVOCADOS SOBRE O NOVO NASCIMENTO
Ter uma noção
equivocada sobre Deus inevitavelmente nos levará a buscar um relacionamento com
Ele da forma e pelos motivos errados.
Muitos pensam e
vivem como se o “novo nascimento” fosse apenas um compromisso formal assumido
em alguma Igreja, uma nova religião disponível, ou talvez algumas práticas
moralmente positivas que são praticadas e outras negativas que são evitadas.
Para agradar a Deus, basta abandonar algumas coisas e se apegar a outras que estará
tudo em ordem.
Mas não é isso que as Escrituras Sagradas nos dizem.
“Em contraste, o
pensamento dos escritores do Novo Testamento é algo assim: o novo nascimento é
uma regeneração poderosa, realizada por Deus mesmo, na vida humana; é tão
poderosa que os nascidos de novo são necessariamente transformados. A
consequência é que os cristãos professos cujas vidas são indistinguíveis da
vida dos incrédulos, não têm fundamento bíblico para pensar que nasceram de
novo.”
Donald A. Carson,
O Deus Presente – Encontrando seu lugar no plano de Deus; traduzido por
Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos: Editora Fiel. 2012. p. 175
A RÉPLICA DE NICODEMOS – IRONIA (V.4)
Perguntou-lhe Nicodemos:
Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre
materno e nascer segunda vez? Jo 3.4
Alguns pensam que
Nicodemos não compreendeu a resposta, pois pensou que Jesus tinha falado de
forma literal. Mas isso não faz sentido. Como já dito, Nicodemos era um dos
principais mestres de Israel, profundo conhecedor da lei de Deus, e, portanto,
plenamente capacitado para entender que Jesus utilizou uma figura de linguagem
em sua resposta.
É mais razoável
admitir que Nicodemos replicou com ironia, pois, para ele, o que Jesus estava
prometendo era completamente impossível. “Nascer de novo”? “Começar a vida do
zero, mesmo já adulto, com uma nova mente e novo coração capazes de ouvir,
compreender e atender a vontade de Deus”? Não, não, certamente ninguém pode
prometer isso.
“É fácil prometer uma
porção de coisas. Você pode prometer que alguns terão um novo começo; pode
prometer satisfação no casamento. Pode dizer: ‘Se você quer ficar rico,
siga-me.’ Você pode prometer todo tipo de coisa, mas o que você está prometendo
está além do possível. Você está prometendo demais. Um novo começo? Um novo
nascimento? Como alguém pode começar tudo de novo? O tempo não volta atrás,
exceto em algumas histórias fictícias. Você não pode retornar ao ventre de sua
mãe e ter um novo começo de vida. Você está prometendo demais. Como um homem
pode nascer de novo?
(...)
Jesus, você está
estimulando o impossível. Não há novo começo. Não há novo nascimento. Você pode
ser o Messias, mas agora está prometendo demais.”
Donald A. Carson,
O Deus Presente – Encontrando seu lugar no plano de Deus; traduzido por
Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos: Editora Fiel. 2012. p.
179-180
A EXPLICAÇÃO AMPLIADA POR JESUS (VS.5-8)
Respondeu Jesus: Em
verdade, em verdade, te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode
entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; o que é nascido do
Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.
O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para
onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. Jo 3.5-8
Alguns dizem que
Jesus se referiu a dois nascimentos: o da água como o nascimento carnal e o do
Espírito como o novo nascimento propriamente dito.
Essa não parece
ser a melhor interpretação. Isso porque, ao analisarmos com atenção o texto,
vemos que a segunda resposta de Jesus (v.5) reforça e amplia a primeira
resposta dada a Nicodemos (v.3).
Em verdade, em verdade,
te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver
o reino de Deus. Jo 3.3
Em verdade, em verdade,
te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar
no reino de Deus. Jo 3.5
A ideia nos dois
textos é a mesma: é necessário “nascer de novo”, que corresponde a “nascer da
água e do Espírito”, para ver e entrar no reino de Deus. Não são dois
nascimentos diferentes, mas um só, o novo nascimento que Jesus promete.
Essa ligação
entre água e Espírito também existe no Antigo Testamento, e um dos textos mais
evidentes a este respeito é Ezequiel 36.24-28.
Tomar-vos-ei de entre as
nações, e de perante elas. Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis
purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos
purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo;
tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de
vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus
juízos e os observeis. Habitareis na terra que eu dei a vossos pais; vós sereis
o meu povo, e eu serei o vosso Deus. Ez 36.24-28
O novo nascimento
apresentado por Jesus é a regeneração do homem perdido, é transformação da
natureza do homem (mente e coração), de forma que, após esse ato de Deus, o
homem passa a se mover em direção a Deus.
“Regeneração é o ato de
Deus pelo qual o princípio da nova vida é implantado no homem, e a disposição
dominante da alma se faz santa, e o primeiro exercício santo desta nova
disposição é assegurado.”
Louis Berkhof, Teologia
Sistemática; traduzido por Odayr Olivetti. 4ª edição. Revisada. São Paulo:
Cultura Cristã. 2012. p. 432
A CONVICÇÃO HUMANA DESTRUÍDA – A DÚVIDA DE NICODEMOS (V.9)
Então, lhe perguntou
Nicodemos: Como pode suceder isso? Acudiu Jesus: Tu és mestre em Israel e não
compreendes essas coisas? Jo 3.9
A explicação mais
detalhada de Jesus sobre o novo nascimento fez com que a convicção e ironia de
Nicodemos se transformassem em dúvida. “Como tudo isso é possível?”, pensava
ele àquela altura da conversa.
Mais uma vez
podemos perceber como o conhecimento humano é limitado e totalmente
insuficiente para compreender o Ser e as obras de Deus. Nicodemos começou a
conversa confiante, até levemente arrogante, tentou ser irônico para manter sua
aparente superioridade, mas agora estava confuso, perdido, pois todo o seu
conhecimento não foi suficiente para entender a mensagem de Jesus.
O grande mestre
humano de Israel estava em apuros.
JESUS SE APRESENTA COMO O DEUS ENCARNADO E SALVADOR (VS.10-14)
Em verdade, em verdade te
digo que nós dizemos o que sabemos e
testificamos o que temos visto; contudo, não aceitais o nosso testemunho. Se,
tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das
celestiais? Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber,
o Filho do Homem [que está no céu]. E do modo por que Moisés levantou a
serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para
que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Jo 3.10-15
Nicodemos começou
a conversa falando no plural, mas agora é Jesus que usa o pronome “nós”.
Calvino entende que Jesus falou em nome Dele mesmo e de todos os profetas que O
predisseram, por isso usou “nós”.
Jesus usou o jogo
de palavras proposto pelo próprio Nicodemos para mostrar que seu “nós” (Ele
mesmo e os profetas de Deus até João Batista) era bem maior e mais importante
que o “nós” de Nicodemos (os mestres fariseus).
Em seguida, Jesus
se apresenta claramente como o Verdadeiro Deus Encarnado, o único que pode
prometer e executar a regeneração, o novo nascimento.
Assim como a
serpente foi levantada no deserto por Moisés, e livrou temporariamente os
israelitas da morte, Jesus seria levantado no madeiro, mas desta vez para
prover a libertação definitiva dos eleitos do caminho do inferno. Somente pelos
méritos santos de Jesus Cristo é que podermos ver e entrar no Reino de Deus.
Neste ponto, você
pode concluir que já sabia onde tudo isso ia dar. Talvez você tenha aprendido
uma ou outra “curiosidade bíblica”, mas no final não viu nada de novo nessa
exposição. Correto?
Se você respondeu
“sim”, precisa repensar sua vida cristã e seu “novo nascimento”.
CONCLUSÃO
Nicodemos foi
extraordinariamente impactado com a conversa que teve com Jesus. Deus foi
gracioso ao transformar sua mente e seu coração, e, por isso, essa conversa
mudou sua vida em todas as áreas.
Nicodemos
entendeu que Deus não é um avô supermanso e nem mesmo um Deus distante ou
carente, mas é o Soberano do Universo e o Deus-Pessoal que resolveu se
relacionar de forma amorosa com seus filhos.
Da mesma forma
que com Nicodemos, o novo nascimento em Jesus nos permite compreender
biblicamente quem é Deus e nos leva a ter sede por conhecê-lo mais para
adorá-lo melhor.
Se alguém diz que
passou pelo novo nascimento, mas não tem desejo ardente de conhecer e adorar a
Deus mais e melhor, certamente está se enganando e buscando experiências
religiosas distantes do Deus bíblico.
O novo nascimento
transforma o homem por inteiro, a fim de que seu principal objetivo seja adorar
a Deus em todas as áreas de sua vida.
“Esses homens e mulheres
de todas as classes da sociedade e de nacionalidade foram admitidos pelo
próprio Deus à comunhão com a majestade de seu ser eterno. Graças a esta obra
de Deus no coração, a convicção de que o todo da vida do homem deve ser vivido
como na presença divina tem se tornado o pensamento fundamental do Calvinismo.
Por esta ideia decisiva, ou melhor, por este fato poderoso, ele tem se
permitido ser controlado em cada departamento de seu domínio inteiro.”
Abraham Kuyper;
Calvinismo; traduzido por Ricardo Gouvêa; Paulo Arantes; São Paulo: Cultura
Cristã, 2ª edição, 2014; pág. 34
“Ser irreligioso é
abandonar o propósito mais alto de nossa existência. Por outro lado, não
cobiçar outra existência senão a vivida para Deus, não ansiar por nada exceto a
vontade de Deus, e estar totalmente absorvido na glória do nome do Senhor, isto
é a essência e o cerne de toda verdadeira religião. “Santificado seja o teu
nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade”, é a tripla petição, que dá
expressão à verdadeira religião. Nossa senha deve ser – “Buscai primeiro o
reino de Deus”, e depois disto pense em suas próprias necessidades. Primeiro
permanece a confissão da absoluta soberania do Deus Trino; pois dele, através
dele e para ele são todas as coisas. E por isso, nossa oração continua a mais
profunda expressão de toda a vida religiosa.”
Abraham Kuyper;
Calvinismo; traduzido por Ricardo Gouvêa; Paulo Arantes; São Paulo: Cultura
Cristã, 2ª edição, 2014; pág. 56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERKHOF, L.; Teologia
Sistemática; traduzido por Odayr Olivetti. 4ª edição. Revisada. São Paulo:
Cultura Cristã. 2012. 720p.
BÍBLIA DE ESTUDO
DE GENEBRA. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo: Cultura Cristã, 2ª
edição, 2009. 1920p.
CARSON, D.A.; O
Deus Presente – Encontrando seu lugar no plano de Deus; traduzido por
Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos: Editora Fiel. 2012. 317p.
KUYPER, A.; Calvinismo;
traduzido por Ricardo Gouvêa; Paulo Arantes; São Paulo: Cultura Cristã, 2ª
edição, 2014; 208p.
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