sábado, 4 de junho de 2016

Teologia Sistemática 1 - aula 08 - A vontade e os decretos de Deus


TÓPICOS DA AULA
1. Introdução
2. Características da vontade de Deus
2.1. É eterna
2.2. É poderosa
2.3. É imutável
2.4. É livre e soberana
3. Distinções da vontade de Deus
3.1. Vontade decretiva
3.2. Vontade preceptiva
3.3. Vontade secreta
4. Objeções
4.1. É incoerente com a liberdade do homem
4.2. Suprime a necessidade do esforço humano
4.3. Torna Deus o autor do pecado
5. Bibliografia
  

1. INTRODUÇÃO
Após analisarmos o Ser de Deus e seus atributos, voltaremos o nosso foco para as Suas obras. Iniciaremos com o estudo das características da vontade de Deus e dos seus decretos, a fim de compreender como o Senhor age soberanamente na criação e sustentação de tudo o que existe. Isto nos dará tranquilidade para refutar as objeções que sempre cercam este tema e buscar entender a vontade de Deus em nossas vidas.

“(...) A Teologia Reformada, calvinista, dá ênfase à soberania de Deus, em virtude da qual ele determinou soberanamente, desde toda a eternidade, tudo quanto há de suceder, e executa a sua soberana vontade em sua criação toda, natural e espiritual, de conformidade com o seu plano predeterminado. (...) Por essa razão, é simplesmente natural que, ao passar da discussão do Ser de Deus para a das obras de Deus, deve-se começar com um estudo dos decretos divinos. Este é o único método teológico apropriado. (...)”[1]


2. CARACTERÍSTICAS DA VONTADE DE DEUS
2.1. É ETERNA
Deus é eterno, e isso significa que Ele está fora, acima do tempo, pois foi Ele mesmo quem criou o tempo. Da mesma forma, Sua vontade é eterna, existe desde sempre. Tudo que Ele planejou fazer foi pensado antes da criação do mundo. A vontade divina é manifesta desde a criação e no transcurso da história, entretanto, essa vontade existe desde a eternidade, assim como sua execução, por meio dos decretos, foi pensada por Deus desde sempre. A vontade e os decretos de Deus são eternos porque decorrem da própria natureza divina, que é eterna.

Diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos. At 15.18

2.2. É PODEROSA
O poder de Deus é absoluto, infinito e eterno. Isso significa que Deus tem a capacidade de fazer acontecer tudo que desejar. Sendo assim, sua vontade é poderosa e não pode ser resistida de nenhuma forma. Se Deus deseja executar algo, isso será feito. Por outro lado, se Deus desejar que algo não aconteça, isso certamente não acontecerá.

“(...) Deus, mediante o simples exercício da sua vontade, pode realizar tudo quanto está presente em sua vontade ou conselho. (...)”[2]

E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mispa, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. E, tendo contornado Mísia, desceram a Trôade. À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho. At 16.6-10

2.3. É IMUTÁVEL
Como Deus é imutável, Sua vontade necessariamente também não pode mudar. Deus conhece todas as possibilidades, pois é onisciente, e pode executar perfeitamente Sua vontade, pois é onipotente. Logo, a vontade de Deus é perfeita e absoluta, não há como mudá-la para melhor ou pior. Tanto os decretos como os preceitos divinos são imutáveis.

Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, Hb 6.17

Para sempre, ó SENHOR, está firmada a tua palavra no céu. Sl 119.89

Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada. 1Pe 1.24-25

2.4. É LIVRE E SOBERANA
Deus é independente, o que significa que Ele existe por si mesmo e não necessita de nada fora Dele. Exatamente por isso, Sua vontade é totalmente livre, independe de qualquer condição fora do próprio Deus. Todas as coisas foram criadas, existem e são sustentadas pela vontade divina, nada pode existir fora da vontade soberana de Deus.

Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas. Ap 4.11


3. DISTINÇÕES DA VONTADE DE DEUS
Deus possui uma só vontade, perfeita e completa. Entretanto, para fins didáticos, os teólogos distinguiram a vontade divina sob várias óticas.

3.1. VONTADE DECRETIVA

“(...) É aquela por meio da qual Deus ordena ou decreta tudo aquilo que decide que tem de acontecer, seja por meio da sua agência direta, ou através da agência irrestrita das suas criaturas racionais. (...)”[3]

A vontade divina decretiva não pode ser resistida, ela certamente acontecerá. Vejamos alguns exemplos bíblicos:

Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; que chamo a ave de rapina desde o Oriente, e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. Is 46.9-11

Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? Dn 4.35

Estes textos demonstram a majestosa soberania divina sobre toda a criação. Deus criou e governa tudo o que existe conforme Seu propósito santo e perfeito e para a Sua própria glória.

venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu. Mt 6.10

O Senhor Jesus ensinou seus discípulos a orar para que Deus cumpra Sua vontade assim na terra como no céu. Essa é uma grande demonstração de submissão amorosa e cheia de gratidão pelo cuidado divino para com a criação, e ainda mais em relação aos filhos de Deus salvos e redimidos por Seu amor.

Tornando-se a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. Mt 26.42

Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. Jo 4.34

E a vontade daquele que me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Jo 6.39-40

Jesus afirmou que seu único objetivo era cumprir fielmente a vontade do Pai, o plano de redenção dos pecadores decretado desde a eternidade. A vontade decretiva de Deus é soberana e até mesmo o Filho se submete a ela.

Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Rm 9.19-20

Neste texto o apóstolo Paulo apresenta a recorrente insatisfação dos homens em relação à vontade de Deus. Os homens acham injusto o fato de a vontade divina ser irresistível. Paulo relembra aos homens sua insignificância e impotência diante do Criador, que criou o mundo e o governa conforme sua vontade soberana.

3.2. VONTADE PRECEPTIVA

“(...) É a regra de vida que Deus tem apontado para suas criaturas morais trilharem, indicando os deveres que elas têm que cumprir, ou que ele impõe sobre elas. Essa vontade está revelada na lei e no evangelho. É a norma de conduta estabelecida por Deus para todas as suas criaturas morais, sejam elas crentes ou não. Nesta vontade Deus prescreve o que nós devemos fazer. (...)”[4]

Essa vontade é a regra de vida estabelecida por Deus para os homens e está contida nas Escrituras Sagradas. De forma bastante simples e para facilitar a compreensão, são as ações que glorificam a Deus e devem ser praticadas pelos homens, e as ações que contrariam a vontade de Deus e, portanto, devem ser evitadas.

Essa vontade divina não é irresistível, e a prova disso é que ela é constantemente descumprida pelos homens, sempre que eles agem de forma contrária ao que Deus determinou.

Vejamos alguns textos bíblicos:

Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração está a tua lei. Sl 40.8

Faze-me ouvir pela manhã a tua graça, pois em ti confio; mostra-me o caminho por onde devo andar, porque a ti elevo a minha alma... Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano. Sl 143.8,10

Aquele servo, porém, que conheceu a vontade do seu Senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade, será punido com muitos açoites. Lc 12.47-48

não servindo à vista, como para agradar homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor, e não como a homens. Ef 6.6-7

Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição... 1Ts 4.3

Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos. 1Pe 2.15

3.3. VONTADE SECRETA
Deus não revelou toda a sua vontade por meio da criação e das Escrituras. A vontade de Deus não revelada aos homens é chamada vontade secreta.

As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei. Dt 29.29

As Escrituras nos incentivam a buscar o Senhor para compreender Sua vontade para nossas vidas. Entretanto, devemos nos esforçar para compreender a vontade do Senhor a fim de agirmos da forma que mais O glorifique, e não para tentar “desvendar” os mistérios divinos, pois além de ser impossível isso não agrada a Deus.

Procurais compreender qual a vontade do Senhor. Ef 5.17

Os cristãos devem meditar constantemente nas Escrituras para compreender a vontade do Senhor e cumpri-la com alegria e gratidão.

Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Sl 1.2

Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz, para os meus caminhos. Sl 119.105


4. OBJEÇÕES
4.1. É INCOERENTE COM A LIBERDADE DO HOMEM
Se os decretos divinos são eternos, imutáveis e soberanos, eles não podem ser descumpridos, o que retira a liberdade do homem de agir conforme sua razão.

Tal afirmação é equivocada.

Primeiramente, as Escrituras Sagradas não veem qualquer contradição entre os decretos de Deus e a liberdade do homem. Deus decretou Sua vontade, entretanto, os homens agiram em conformidade com sua consciência e escolha e posteriormente foram responsabilizados por seus atos. Vê-se isso de forma clara em eventos como a venda de José como escravo por seus irmãos, atitude má que fazia parte do plano divino para a salvação de muita gente (Gn 50.19,20); a tomada de Jerusalém pelos caldeus, que posteriormente foram duramente punidos por Deus (Jr 50-51); a crucificação de Cristo pelos judeus, que foram responsabilizados por Deus e pelos apóstolos (At 2.22-23).

Além disso, para avaliar se os decretos de Deus restringem a liberdade humana, é necessário compreender o que significa o conceito de “liberdade do homem”. Em qual sentido o homem é verdadeiramente “livre”?

Para ser efetivamente livre, o homem precisa ser capaz de determinar todas as suas ações com clareza de pensamento e de raciocínio, ou seja, necessita estar isento (livre) de qualquer empecilho na tomada de suas decisões. Será que o homem possui esta “liberdade”?

O homem sofreu diversas consequências maléficas após a Queda[5]:

1- A própria queda
2- A perda da liberdade
3- A obstrução do conhecimento
4- A perda da graça de Deus
5- A perda do paraíso
6- A presença da concupiscência
7- A morte física
8- A culpa hereditária (o pecado original)

A Queda prejudicou decisivamente todas as faculdades físicas, espirituais, morais e racionais do homem, além de torná-lo escravo do pecado. O homem pecador perdeu a capacidade de ouvir a voz do seu Criador e de obedecê-lo. Distante do seu Senhor, o homem foi entregue às suas próprias paixões e aos seus pensamentos maus, que culminaram em atitudes igualmente iníquas e desaprovadas por Deus.

A Queda foi o motivo da perda da liberdade do homem. Após o pecado, o homem perdeu sua liberdade e tornou-se escravo do pecado. Ele carece da redenção divina que somente Cristo pode dar, e que consiste na nova vida espiritual, na fé e no auxílio constante do Espírito Santo na santificação. Somente em Cristo o homem pode retomar o relacionamento com Deus e ser capacitado a ouvi-lo e obedecê-lo. Somente Cristo reconduz o homem à liberdade para servir a Deus.

Por tudo isso, podemos concluir que o homem não possui a tão almejada liberdade, mas possui exatamente o contrário, a servidão ao pecado. Em verdade, essa ideia de liberdade continua a ser o antigo ideal de tornar-se igual ao Criador, o que constitui grave pecado diante de Deus. O homem não é livre, e, portanto, os decretos de Deus não restringem essa liberdade. O homem é escravo do pecado e os decretos divinos são a única esperança de redenção, por meio da obra de Cristo.

Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Ef 2.1-3


4.2. SUPRIME A NECESSIDADE DO ESFORÇO HUMANO
Se os decretos são irresistíveis, não há necessidade de preocupar-se com nada, o que nos resta é apenas assentar-nos e esperar o cumprimento da vontade divina.

Essa afirmação também é incorreta. De modo geral, as pessoas que têm esse discurso o utilizam como desculpa para viver de forma idolente e desobediente. Elas querem se esconder atrás dos decretos divinos como desculpa para suas atitudes pecaminosas.

Os decretos divinos não suprimem a necessidade do esforço humano por pelo menos dois motivos: 1- os seres humanos são, muitas vezes, os meios pelos quais os decretos divinos serão cumpridos, são os agentes de Deus para o cumprimento da Sua vontade; 2- Deus prescreveu aos homens as regras por meio das quais eles devem viver, com o objetivo primordial de glorificar o Senhor em todos os momentos. A santificação é uma ordem dada por Deus aos homens e depende do esforço humano na caminhada aqui na Terra. Deus revelou sua vontade preceptiva nas Escrituras e espera que os homens a cumpram, logo, o esforço humano é necessário para viver em conformidade com a Palavra do Senhor.

4.3. TORNA DEUS O AUTOR DO PECADO
Se a vontade de Deus é soberana, Deus é o autor do pecado.

Esta acusação também é falsa. As Escrituras são firmes na afirmação de que Deus não é o autor do pecado, pois Ele é santo e puríssimo e não pode se relacionar com o que é imperfeito.

para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça. Sl 92.15

Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias. Ec 7.29

Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Tg 1.13

Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. 1Jo 1.5

O decreto divino em relação ao pecado é costumeiramente denominado como permissivo, no sentido de que Deus tornou as ações do homem infalivelmente certas de acontecerem, sem agir de forma positiva no homem. O decreto torna certa a realização do ato pecaminoso, no qual Deus decidiu não impedir a determinação pecaminosa do homem e decidiu regular os efeitos dessa atitude humana. Deus criou o homem como um ser moral livre, e o homem utilizou-se dessa liberdade para pecar, sendo, portanto, o homem o único autor do pecado.

“(...) O problema da relação de Deus com o pecado continua sendo um mistério para nós, mistério este que não somos capazes de resolver. Pode-se dizer, porém, que o seu decreto de permitir o pecado, embora assegure a entrada do pecado no mundo, não significa que ele tem prazer nele; significa somente que ele considerou sábio, com o propósito da sua autorrevelação, permitir o mal moral, por mais detestável que seja a sua natureza. (...)”[6]

Voltaremos a este assunto com mais profundidade na aula 12.


5. BIBLIOGRAFIA

BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática; traduzido por Odayr Olivetti. 4ª Edição Revisada. São Paulo: Cultura Cristã, 2012.

CAMPOS, Heber Carlos de. O Ser de Deus e Seus Atributos. 2ª Edição. São Paulo: Cultura Cristã, 2002.

SPROUL, R.C. Sola Gratia; traduzido por Denise Pereira Ribeiro Meister. São Paulo: Cultura Cristã, 2012.

[1] BERKHOF, L. Teologia Sistemática; traduzido por Odayr Olivetti. 4ª edição. Revisada. São Paulo: Cultura Cristã. 2012. p. 95
[2] BERKHOF, L. Idem., p. 77
[3] CAMPOS, H.C de. O ser de Deus e seus atributos. São Paulo: Cultura Cristã. 2002. 2ª edição. p. 372
[4] CAMPOS, H.C de. Idem., p. 373
[5] SPROUL, R.C. Sola Gratia; traduzido por Denise Pereira Ribeiro Meister. São Paulo: Cultura Cristã, 2012, p. 49-53.
[6] BERKHOF, L. Idem., p. 102.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo conteúdo relevantes deste estudo, excelente para aprendizado do dia a dia.

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