SOBERANIA DE DEUS
NA SALVAÇÃO
AULA 03
TOTAL DEPRAVAÇÃO
DO HOMEM:
CONSEQUÊNCIAS DA
QUEDA
TÓPICOS DA AULA
- Consequências da
queda;
- Relação entre o
homem e o pecado;
- Situação do
homem ao nascer.
Consequências da queda:
1- A própria queda:
“A queda de Adão
apresenta-se como a maior e a mais digna de castigo se considerarmos,
primeiramente, a altura que ele ocupava, a imagem divina na qual foi criado;
então, a simplicidade do mandamento, e a tranquilidade de obedecê-lo, na
abundância de todos os tipos de frutos do paraíso; e, finalmente, a sanção do
mais terrível castigo do se Criador e mais formidável Benfeitor.”
Philip Schaff, History of the Christian
Church, 8 vols. (1907-10); Grand Rapids: Eerdmans, 1952-53), 3:825 in R.
C. Sproul. Sola Gratia; traduzido por Denise Pereira Ribeiro Meister. São Paulo: Cultura
Cristã, 2012, pág. 50.
2- A perda da liberdade:
“Na criação, o
homem tinha uma inclinação positiva para o bem e para amar a Deus. Embora fosse
possível que o homem pecasse, não havia necessidade moral para que agisse
assim. Como resultado da queda, o homem passou a ser escravo do mal. A vontade
caída tornou-se uma fonte do mal no lugar de uma fonte do bem.”
R. C. Sproul. Sola
Gratia; traduzido por Denise Pereira Ribeiro Meister. São Paulo: Cultura
Cristã, 2012, pág. 51.
Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do
pecado. Jo 8:34
3- A obstrução do conhecimento:
A capacidade de raciocínio e de compreensão do
homem era muito maior antes da queda, pois não estava obscurecida pelo pecado.
Após a queda, o homem tem que se esforçar bem mais para afastar as influências
negativas do pecado e pensar de forma sadia.
Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como
também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos
de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem,
pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se
entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. Ef
4:17-19
E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes
resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à
fé; eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos
evidente, como também aconteceu com a daqueles. II Tm 3: 8-9
“Dois fatores
principais estão envolvidos aqui. O primeiro é o enfraquecimento do poder da
mente e de sua faculdade de pensamento. O segundo é a influência negativa da
predisposição pecaminosa e do preconceito, especialmente com relação ao nosso
entendimento do bem e de Deus. A Escritura fala da nossa mente sendo
“obscurecida” e “réproba”. Recusamos ter Deus em nosso pensamento. Não se trata
de um lapso mental isolado, mas um lapso moral ao extremo.”
R. C. Sproul. Sola
Gratia; traduzido por Denise Pereira Ribeiro Meister. São Paulo: Cultura
Cristã, 2012, pág. 51.
4- A perda da graça de Deus:
“Na criação, Deus
proveu o homem com um adjutorium, uma assistência graciosa certa para o
bem. Após a queda, Deus retirou da criatura essa graça assistente. Num sentido,
o homem foi entregue ao pecado, para seguir os planos maus da sua mente. Seu
coração é agora cheio de dolo e seus desejos são continuamente maus. Com
certeza ainda permanece uma graça pela qual Deus, por meio da sua lei e
providência, contém o mal humano. Ele o mantém sob controle até um certo ponto.
Mas esse freio divino não é a assistência positiva da graça para o bem mas um
freio negativo do mal.”
R. C. Sproul. Sola
Gratia; traduzido por Denise Pereira Ribeiro Meister. São Paulo: Cultura
Cristã, 2012, pág. 51.
5- A perda do paraíso:
O homem e a mulher foram expulsos do lugar no
qual gozavam da presença e da comunhão com Deus, além de terem sido
amaldiçoados pelo próprio Deus.
Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós,
conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da
árvore da vida, e coma, e viva eternamente. O Senhor Deus, por isso, o lançou
fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora formado. E, expulso
o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma
espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida. Gn 3:22-24
6- A presença da concupiscência:
Concupiscência: desejo, inclinação para a
sensualidade e para os prazeres da carne.
Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda
sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado. Rm 7:8
Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o
mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
procedem do Pai, mas procede do mundo. I Jo 2:15-16
7- A morte física:
E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim poderás
comer livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás;
porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Gn 2:16-17
O homem morreu fisicamente no momento em que
pecou?
A queda representou a morte espiritual e
também a morte física do homem. No momento em que Adão e Eva pecaram, eles
começaram a morrer fisicamente.
“Agostinho disse
que, para Adão e Eva, a morte física não foi totalmente adiada até que
respirassem seu último fôlego. A morte física começou no momento em que
transgrediram. A partir daquele momento, as ruínas da morte – envelhecimento,
declínio físico e doenças – acompanharam a vida humana. Desde o pecado de Adão,
cada bebê nasce em meio às dores de parto. Com as dores do parto e o primeiro
choro do infante, o processo da morte é inaugurado. Toda vida é parte desse
processo. A vida marcha inexoravelmente em direção à sepultura. Esse é o preço
do pecado.”
R. C. Sproul. Sola
Gratia; traduzido por Denise Pereira Ribeiro Meister. São Paulo: Cultura
Cristã, 2012, pág. 52.
8- A culpa hereditária (o pecado original):
Como vimos na aula anterior, a queda de Adão
gerou consequências a todos os seus descendentes, que já nascem com a natureza
pecaminosa.
“O pecado
original significa que o pecado não é meramente uma ação, mas também uma
condição transmitida de nossos primeiros pais para cada um de nós. O pecado é
um habitus, algo que “habita” a nossa natureza humana. Esse estado,
condição ou hábito de pecar continua através da procriação, de geração em
geração.”
R. C. Sproul. Sola
Gratia; traduzido por Denise Pereira Ribeiro Meister. São Paulo: Cultura
Cristã, 2012, pág. 53.
Consequências da queda:
1- A própria queda
2- A perda da liberdade
3- A obstrução do conhecimento
4- A perda da graça de Deus
5- A perda do paraíso
6- A presença da concupiscência
7- A morte física
8- A culpa hereditária (o pecado original)
Relação entre o
homem e o pecado:
O homem antes da queda
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O homem depois da queda
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O homem renascido
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O homem glorificado
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Capaz de pecar
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Capaz de pecar
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Capaz de pecar
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Capaz de não pecar
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Capaz de não pecar
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Capaz de não pecar
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Incapaz de não pecar
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Incapaz de pecar
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Situação do homem após o nascimento:
- Morto em seus delitos e pecados (= morto
espiritualmente);
- Afastado de Deus;
- Preso ao pecado (não possui liberdade);
- Escravo de Satanás;
- Condenado ao
inferno.
Ninguém é bom, senão um, que é Deus. Lc 18:19b
Não há justo, nem um sequer,
não há quem entenda, não há quem busque a Deus;
todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis;
não há quem faça o bem, não há nenhum sequer.
A garganta deles é sepulcro aberto;
com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios;
a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura;
são os seus pés velozes para derramar sangue,
nos seus caminhos, há destruição e miséria;
desconheceram o caminho da paz.
Não há temor de Deus diante de seus olhos. Rm 3:10-18
CONCLUSÕES
- A queda gerou gravíssimas consequências para
o homem: a própria queda; a perda da liberdade; a obstrução do conhecimento; a
perda da graça de Deus; a perda do paraíso; a presença da concupiscência; a
morte física; a culpa hereditária (o pecado original);
- O homem não regenerado é capaz de pecar e
incapaz de não pecar;
- Situação do homem ao nascer: morto em seus
delitos e pecados; afastado de Deus; preso ao pecado; escravo de Satanás;
condenado ao inferno.
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