DONS ESPIRITUAIS
AULA 08
DOM ESPIRITUAL DE
ADMINISTRAÇÃO OU GOVERNOS
Base bíblica: I Co 12.28
A uns estabeleceu Deus na
igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro
lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas.
Definição:
O possuidor deste
dom espiritual é motivado por Deus a pensar nos problemas da Igreja em busca de
soluções práticas. Gosta de colaborar no planejamento dos trabalhos e na tomada
de decisões. Compreende os alvos de Deus a curto, médio ou longo prazos;
formula e executa planos para alcançá-los por etapas, alcançando um objetivo
por vez até chegar ao alvo.
Palavras-chave:
-
pensar nos problemas da Igreja em busca de soluções práticas
- colaborar no
planejamento dos trabalhos e na tomada de decisões
- compreender os
alvos de Deus a curto, médio ou longo prazos
- formular e executar
planos para alcançá-los por etapas, alcançando um objetivo por vez até chegar
ao alvo
O Senhor Deus é o governador de todos os
povos.
Alegrem-se e exultem as
gentes, pois julgas os povos com equidade e guias na terra as nações. Sl 67.4
O possuidor do dom espiritual de administração
é quem dirige um grupo para alcançar um alvo escolhido. É o timoneiro do barco.
Observai, igualmente, os
navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo
leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. Tg 3.4
Diferenças entre os dons de liderança e
administração
LIDERANÇA
|
ADMINISTRAÇÃO
|
Compreende os
propósitos de Deus para determinado grupo de pessoas
|
Compreende o
que deve ser feito para alcançar as metas propostas pelo líder do grupo
|
Estabelece
metas para alcançar os propósitos de Deus
|
Estabelece e
executa o planejamento com o objetivo de alcançar as metas propostas pelo
líder
|
Responde
diretamente a Deus
|
Responde
diretamente ao líder do grupo
|
É o capitão do
navio
|
É o timoneiro
do navio
|
Os dois dons são mutuamente excludentes, ou seja, uma pessoa não pode ter os dois dons.
Um líder não deve sentir-se ameaçado por uma
pessoa com o dom de administração. Os dois dons (liderança e administração) são
presentes dados por Deus e são igualmente essenciais para o bom desenvolvimento
do Corpo de Cristo.
O líder deve rogar incessantemente a Deus para
que coloque ao seu lado administradores fiéis e piedosos, que possam dividir
com ele a grande responsabilidade de guiar pessoas a compreender e cumprir a
vontade de Deus em suas vidas.
Nunca podemos perder de vista que o exercício
desses dois dons, assim como de todos os demais, tem o objetivo de glorificar a
Deus e fazer o Seu Nome conhecido em todos os lugares.
Características:
- Planeja e
organiza o trabalho pelo qual é responsável, com entusiasmo e motivação. Faz o
mesmo ao colaborar com o trabalho dos outros.
- Inicia ou mantém
um trabalho bem organizado, de modo a alcançar os objetivos planejados com
prioridade, por sentir-se responsável diante de Deus. Geralmente prefere
trabalhar na administração de uma equipe ou grupo sob a liderança de outra
pessoa que saiba liderar bem, em vez de ser ele próprio o administrador e
líder.
- Fica nos
bastidores aguardando o chamado do líder para assumir a responsabilidade
administrativa de um grupo.
- É muito prático.
Reconhece e quer adotar as ideias realizáveis, rejeitando as inviáveis, sejam
dele ou de terceiros. Quer trabalhar com alvos nítidos e realistas. Na falta
destes, sente que está perdendo tempo, pois, sem objetivos, é impossível
controlar o desenvolvimento do projeto e do grupo.
- Tem capacidade
de organizar ideias e planejar o uso de recursos, pessoas e tempo para alcançar
um alvo previamente estabelecido.
- Gosta de
formular planos detalhados e com sequência cronológica, prevendo questões a
serem resolvidas no decorrer de sua execução.
- Sente-se realizado
quando os planos são executados, os alvos alcançados e há satisfação geral.
- Em um grupo
desorganizado, onde não há um líder, assume a liderança caso outra pessoa do
grupo não o faça, por não tolerar desorganização nas coisas de Deus, embora prefira
não liderar.
- Tem capacidade
para distinguir entre tarefas que podem ser delegadas e outras que não podem.
- Está disposto a
reestruturar um grupo ou os planos do grupo, quando detecta pontos fracos na
sua organização ou administração. Isso acontece principalmente quando ele é
convidado a integrar um grupo já existente, como por exemplo uma sociedade
interna ou projeto social da Igreja.
- Evita, sempre
que possível, trabalhar com pessoas desorganizadas.
- Entende que é
importante e, às vezes, necessário introduzir mudanças para o bem do trabalho
do Senhor. Poderá ter dificuldade em administrar um grupo com pessoas
resistentes a mudanças.
- Tem facilidade
em aproveitar ideias que funcionam em outro lugar, adaptando-as à sua situação.
- Quando tem uma
ideia para a área de sua responsabilidade, quer espaço para desenvolvê-la na
fase inicial, para ter certeza que seus propósitos estão sendo realizados.
- Sente que é
preciso “pisar no freio” quando alguns querem, no entusiasmo do momento, levar
o grupo rapidamente a um novo tipo de envolvimento. Tem facilidade para
detectar e repelir rapidamente ideias impraticáveis.
Erros e perigos que o possuidor do dom deve
evitar:
- Não estar
sintonizado com o líder. Pela facilidade que tem de organizar um projeto,
involuntariamente pode ameaçar a segurança de pessoas no cargo de liderança,
principalmente se tais pessoas não tiverem o dom espiritual de liderança.
- Estar tão
convencido de suas próprias opiniões sobre a maneira de realizar um projeto
pode levá-lo a não incentivar o debate, desvalorizando os componentes do grupo.
Ressente-se de não saber ouvir críticas.
- Menosprezar e/ou
criticar a pessoa com dom de liderança, por entender que sua maneira de
administrar beneficia mais o grupo. Não perceber que seu lugar é ao lado do
líder, como seu braço forte.
- Olhar as pessoas
apenas como “recursos” para a realização de um projeto, por valorizar mais
projetos que pessoas. Esquece-se que os projetos são meios dados por Deus para
que as pessoas alcancem Sua vontade.
- Por não admitir
que o trabalho de Deus seja mal organizado, pode provocar problemas de
relacionamento com os responsáveis por um projeto desorganizado. Poderá até
mesmo interpretar mal o caráter dessas pessoas e se afastar delas.
- Pode ser um
fracasso como servo do Senhor e como canal pelo qual Deus transmite verdadeiras
bênçãos espirituais. Isso ocorre quando ele abandona a orientação do Espírito
Santo e prioriza técnicas humanas de administração, valorizando resultados em
detrimento das pessoas.
- Ficar impaciente, irritado e insatisfeito
quando precisa trabalhar com pessoas desorganizadas, tendo dificuldade de se
adaptar a elas. Às vezes recusa a colaboração de tais pessoas e pode ser tido
com “antipático”. Perde a oportunidade de atrair pessoas para mais perto do
Senhor por meio do exercício dos outros dons.
- Sentir-se
“vocacionado” por Deus para criticar as decisões administrativas erradas
tomadas pela liderança. As críticas constantes podem dividir o grupo e até
mesmo a Igreja.
Responsabilidade dos cristãos em geral:
Os cristãos que não possuem o dom de
administração também devem se esforçar para administrarem bem sua própria vida,
seu lar, seu trabalho e estudos, como forma de glorificar a Deus e fazer Seu
Nome conhecido.
Administrar bem sua própria vida é uma forma
de gratidão a Deus pelo que Ele fez em nossas vidas.
Servi uns aos outros,
cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça
de Deus. I Pe 4.10
Áreas onde o dom espiritual pode ser
utilizado:
- Lares
- Estudos
(escola/faculdade)
- Trabalho
- Sociedades
internas da Igreja
- Conselho e Junta
Diaconal
- Escola Dominical
- Projetos
específicos da Igreja