DONS ESPIRITUAIS
AULA 02
Dons espirituais
de serviço e de ajuda
TÓPICOS
- Base bíblica da existência do dom espiritual
-
Definição/conceito do dom espiritual
- Palavras-chave
- Características
práticas do possuidor do dom espiritual
- Erros e perigos
que devem ser evitados
- Responsabilidade
dos cristãos em geral
- Áreas da Igreja
onde o dom espiritual pode ser utilizado
DOM ESPIRITUAL DE
SERVIÇO
Base bíblica: Rm 12.7
se ministério,
dediquemo-nos ao ministério (...)
Definição:
O possuidor do
dom espiritual de serviço é poderosamente motivado por Deus para ser o canal
através do qual Ele suprirá a necessidade que uma pessoa ou grupo tem de
realizar certas tarefas, contudo, sem competência ou tempo necessários para
fazê-las. Ele percebe por si mesmo qual tarefa precisa ser feita com maior
urgência e toma a iniciativa de se responsabilizar por ela, executando-a a seu
modo.
Palavras-chave:
- suprir
necessidades
- realizar tarefas
- perceber por si
mesmo uma necessidade
- tomar a
iniciativa
- executar o
serviço a seu modo
Características:
- Discerne
necessidades práticas e toma a iniciativa de supri-las o mais depressa
possível, elegendo a mais urgente. Assume a responsabilidade de realizar uma
tarefa do seu jeito, muitas vezes sem ser convidado. “Deixa isto comigo” é uma
frase que ouvimos dos possuidores deste dom frequentemente.
- Caso ele próprio
não possa agir, procura quem possa substituí-lo adequadamente. No entanto,
cuida de suprir necessidades sem importar-se com seu próprio cansaço, com
disposição até mesmo de usar recursos pessoais para evitar atrasos em atender
uma necessidade prática. Às vezes acabe por envolver-se numa variedade de
atividades, por ter dificuldade em dizer “não”.
- Tem satisfação
com alvo a curto e médio prazos, mas fica frustrado com alvos a longo prazo ou
quando há limite de tempo para as tarefas e serviços. Por isto, evita
burocracia (hierarquia, protocolo, papelada) que complica ou atrasa a solução
do caso.
- Está convicto da
importância de testemunhar mais pela vida cristã prática do que por muito
falar.
- É capaz de
discernir falsidade. Neste caso, recusa-se a suprir as necessidades alegadas,
desmascarando a pessoa.
- É um canal para
Deus atrair pessoas para mais perto Dele e abençoá-los, através dos serviços
prestados pelo possuidor do dom espiritual.
Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:
- Negligenciar a
família. Isto pode provocar ressentimento do cônjuge ou dos filhos contra a
Igreja, com agravante se eles não forem cristãos.
- Ter dificuldade
em estabelecer e manter prioridades conforme a vontade de Deus, e em reconhecer
que a existência de uma necessidade não é automaticamente o sinal para
envolver-se. Isto pode levá-lo a assumir mais compromissos do que pode. Quando
não consegue resolver o problema e não assume tal fato, pode prejudicar seu
relacionamento com as demais pessoas envolvidas.
- Ser, às vezes,
intrometido, tentando envolver-se em casos que não são da sua alçada.
- Cobrar dos
irmãos que não se apressam em suprir necessidades práticas a mesma urgência que
ele tem. Por ter dificuldade em delegar tarefas, tentar resolver tudo sozinho,
com prejuízo pessoal, a ponto de recusar-se a ser servido por outros ou de
ficar impaciente com os que procuram ajudá-lo. Quando resolve pedir ajuda,
tender a desrespeitar prioridades e afazeres dos que são chamados para
ajudá-lo; querer ser atendido imediatamente, mesmo que tanta pressa não seja
necessária.
- Querer controlar
as coisas, sendo “mandão” ou “prepotente”. Fechar-se às sugestões de outros, a
ponto de tornar difícil a cooperação de terceiros, confiando demais na sua
capacidade de tomar decisões acertadas unilateralmente, quanto, em certos
casos, algum conhecimento técnico ou especializado é necessário.
- Tornar-se pouco
prestativo por não se adaptar de bom grado à chefia de outro, menos competente
na sua opinião.
- Aceitar a
liderança de um projeto ou ministério com alvos, principalmente os de longo
prazo, ficando frustrado, a ponto de ameaçar o sucesso do projeto.
- Não estar
disponível nas mãos de Deus, caso Ele queira utilizá-lo na recuperação de uma
pessoa que age com falsidade.
Responsabilidade dos cristãos em geral:
Os cristãos que não possuem o dom espiritual
de serviço também devem se esforçar para servir uns aos outros com alegria,
pois esta é uma ordem dada por Deus e a obediência os fará mais parecidos com
Jesus Cristo.
tal como o Filho do
Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate por muitos. Mt 20.28
Tudo quanto fizerdes,
fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que
recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais
servindo; Cl 3.23-24
Áreas da Igreja onde o dom espiritual pode ser
utilizado:
- Junta Diaconal
- Auxílio aos
pastores
- Auxílio à
liderança
- Preparação de
eventos
- Realização de
tarefas que auxiliam os irmãos (ex: buscar e levar pessoas para os cultos,
auxiliar idosos na entrada e saída do templo, levar medicamentos e pessoas
necessitadas etc)
- Realização de
tarefas que auxiliam a preparação para os cultos (ex: distribuir os boletins da
Igreja, receber visitantes na entrada do templo, secar a entrada do templo em
caso de chuva)
- Arrecadação de
recursos para necessidades específicas
DOM ESPIRITUAL DE
AJUDA OU SOCORRO
Base bíblica:
A uns estabeleceu Deus na
igreja, primeiramente, apóstolos; e, segundo lugar, profetas; em terceiro
lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curas, socorros,
governos, variedades de línguas. I Co 12.28
Definição:
O possuidor do
dom espiritual de ajuda ou socorro é poderosamente motivado por Deus a suprir a
necessidade de uma pessoa que precisa de apoio para executar ou completar
tarefas, ou de companhia para realizar algo. Quer ter e aproveitar
oportunidades para fazer render o tempo e a capacidade física da pessoa
ajudada. Percebe que ali há necessidade de ajuda, mas quer e prefere ser
orientado sobre qual tarefa irá realizar e como a pessoa que será ajudada
prefere que a tarefa seja feita.
Palavras-chave:
- suprir a
necessidade de uma pessoa que precisa de apoio para executar ou completar
tarefas
- fazer render o
tempo e a capacidade física da pessoa ajudada
- perceber
necessidades
- ser orientado
sobre qual tarefa irá realizar e como a pessoa que será ajudada prefere que a
tarefa seja feita
Características:
- É sensível às
necessidades imediatas e práticas das pessoas, querendo supri-las quando fica
claro que o outro quer ajuda ou quando há um pedido específico. Tem prazer em
servir, realizando o serviço que melhor atenda às necessidades da pessoa que
deseja ajuda. É maleável para aprender a adaptar-se às situações.
- Dá apoio
espontâneo aos fisicamente fracos. Dedica-se em primeiro lugar a auxiliar os
outros, deixando em segundo plano seus próprios interesses. Dá o melhor de si
na colaboração que presta e não faz questão de aparecer.
- Prefere fazer
tarefas que não necessitam de preparativos prévios e organização detalhada.
- É prestativo e
serviçal no Corpo de Cristo, pronto a fazer coisas simples e rotineiras, se for
o caso.
- Auxiliar líderes
e outros no Corpo, individualmente, para que o tempo deles renda mais e fiquem
menos sobrecarregados, lhe traz grande satisfação na sua vida espiritual.
- Sente alegria em
aceitar cargos ou tarefas nos trabalhos da Igreja e se esforça para fazer o
melhor, mesmo que seja alguma coisa para o qual não esteja preparado. Por outro
lado, sente tristeza ao ver as pessoas se esquivarem de fazer o mesmo.
- Prefere não tomar a iniciativa mas está
pronto a cooperar com aquele que a toma. Aproxima-se de quem está ocupado em
uma tarefa, para ajudar, frequentemente passando a assumir a tarefa sozinho.
Não se importa em terminar sozinho uma tarefa.
- Fica muito
impressionado com exortações bíblicas que o impelem a auxiliar o irmão na fé.
Porque se caírem, um
levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá
quem o levante. Ec 4.10
Marta agitava-se de
um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de
Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu
fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Lc 10.40
para que a recebais no
Senhor e como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a
precisar; porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive. Rm
16.2
Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:
- Não entender ou
não aceitar que ajuda é realmente um dom espiritual e, em consequência,
desvalorizar a si próprio. Este sentimento pode levar à inveja de possuidores
de outros dons e até mesmo ao ressentimento contra Deus.
- Fazer mal
julgamento de irmãos menos ou pouco prestativos.
- Perder a alegria
que deveria acompanhar seu serviço ao Senhor, sentindo-se usado ou triste
quando ajuda alguém, sem que seu empenho seja reconhecido, dando-lhe a
impressão que falhou ou que o exercício do dom não deu certo. Pode sentir-se
desanimado ou fracassado pela falta desse retorno.
- Assumir uma
liderança ou qualquer outra atividade na igreja, com o objetivo de ajudar, mas
não se sair bem, sentindo-se frustrado.
Responsabilidade dos cristãos em geral:
Os cristãos que não possuem o dom espiritual
de ajuda ou socorro também devem se esforçar para ajudar uns aos outros.
(...) sede, antes, servos
uns dos outros, pelo amor. Gl 5.13c
Não negligencieis,
igualmente, a prática do bem a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios,
Deus se compraz. Hb 13.16
Áreas da Igreja onde o dom espiritual pode ser
utilizado:
- Junta Diaconal
- Auxílio aos
pastores
- Auxílio à
liderança
- Auxílio na
preparação de eventos
- Realização de
tarefas que auxiliam os irmãos (ex: buscar e levar pessoas para os cultos,
auxiliar idosos na entrada e saída do templo, levar medicamentos e pessoas
necessitadas etc)
- Realização de
tarefas que auxiliam a preparação para os cultos (ex: distribuir os boletins da
Igreja, receber visitantes na entrada do templo, secar a entrada do templo em
caso de chuva)
- Arrecadação de
recursos para necessidades específicas
Diferenças entre os dons de serviço e de
ajuda:
SERVIÇO
|
AJUDA OU SOCORRO
|
Toma a iniciativa
|
Auxilia aquele que toma a iniciativa
|
Quer fazer as coisas do seu jeito: “deixa isto comigo”
|
Quer fazer as coisas do jeito da pessoa a quem está ajudando
|
Não gosta muito de ajudar; prefere ser o responsável por um projeto
|
Quer auxiliar; não gosta de ser o responsável por um projeto
|
Geralmente, sente-se bem em um cargo de liderança de curto prazo
|
Quando possível, evita estar à frente de um grupo
|
Diante de uma necessidade, resolve por si qual parcela do serviço ficará
por sua conta
|
Diante de uma necessidade, pergunta: “o que posso fazer?”, deixando a
escolha a critério do outro
|
Quer servir
|
Quer ajudar
|
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