sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Dons Espirituais - aula 02 - Dons espirituais de serviço e de ajuda


DONS ESPIRITUAIS


AULA 02


Dons espirituais de serviço e de ajuda



TÓPICOS


- Base bíblica da existência do dom espiritual
- Definição/conceito do dom espiritual
- Palavras-chave
- Características práticas do possuidor do dom espiritual
- Erros e perigos que devem ser evitados
- Responsabilidade dos cristãos em geral
- Áreas da Igreja onde o dom espiritual pode ser utilizado



DOM ESPIRITUAL DE SERVIÇO

Base bíblica: Rm 12.7

se ministério, dediquemo-nos ao ministério (...)

Definição:

O possuidor do dom espiritual de serviço é poderosamente motivado por Deus para ser o canal através do qual Ele suprirá a necessidade que uma pessoa ou grupo tem de realizar certas tarefas, contudo, sem competência ou tempo necessários para fazê-las. Ele percebe por si mesmo qual tarefa precisa ser feita com maior urgência e toma a iniciativa de se responsabilizar por ela, executando-a a seu modo.


Palavras-chave:

- suprir necessidades

- realizar tarefas

- perceber por si mesmo uma necessidade

- tomar a iniciativa

- executar o serviço a seu modo


Características:

- Discerne necessidades práticas e toma a iniciativa de supri-las o mais depressa possível, elegendo a mais urgente. Assume a responsabilidade de realizar uma tarefa do seu jeito, muitas vezes sem ser convidado. “Deixa isto comigo” é uma frase que ouvimos dos possuidores deste dom frequentemente.

- Caso ele próprio não possa agir, procura quem possa substituí-lo adequadamente. No entanto, cuida de suprir necessidades sem importar-se com seu próprio cansaço, com disposição até mesmo de usar recursos pessoais para evitar atrasos em atender uma necessidade prática. Às vezes acabe por envolver-se numa variedade de atividades, por ter dificuldade em dizer “não”.

- Tem satisfação com alvo a curto e médio prazos, mas fica frustrado com alvos a longo prazo ou quando há limite de tempo para as tarefas e serviços. Por isto, evita burocracia (hierarquia, protocolo, papelada) que complica ou atrasa a solução do caso.

- Está convicto da importância de testemunhar mais pela vida cristã prática do que por muito falar.

- É capaz de discernir falsidade. Neste caso, recusa-se a suprir as necessidades alegadas, desmascarando a pessoa.

- É um canal para Deus atrair pessoas para mais perto Dele e abençoá-los, através dos serviços prestados pelo possuidor do dom espiritual.


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:

- Negligenciar a família. Isto pode provocar ressentimento do cônjuge ou dos filhos contra a Igreja, com agravante se eles não forem cristãos.

- Ter dificuldade em estabelecer e manter prioridades conforme a vontade de Deus, e em reconhecer que a existência de uma necessidade não é automaticamente o sinal para envolver-se. Isto pode levá-lo a assumir mais compromissos do que pode. Quando não consegue resolver o problema e não assume tal fato, pode prejudicar seu relacionamento com as demais pessoas envolvidas.

- Ser, às vezes, intrometido, tentando envolver-se em casos que não são da sua alçada.

- Cobrar dos irmãos que não se apressam em suprir necessidades práticas a mesma urgência que ele tem. Por ter dificuldade em delegar tarefas, tentar resolver tudo sozinho, com prejuízo pessoal, a ponto de recusar-se a ser servido por outros ou de ficar impaciente com os que procuram ajudá-lo. Quando resolve pedir ajuda, tender a desrespeitar prioridades e afazeres dos que são chamados para ajudá-lo; querer ser atendido imediatamente, mesmo que tanta pressa não seja necessária.

- Querer controlar as coisas, sendo “mandão” ou “prepotente”. Fechar-se às sugestões de outros, a ponto de tornar difícil a cooperação de terceiros, confiando demais na sua capacidade de tomar decisões acertadas unilateralmente, quanto, em certos casos, algum conhecimento técnico ou especializado é necessário.

- Tornar-se pouco prestativo por não se adaptar de bom grado à chefia de outro, menos competente na sua opinião.

- Aceitar a liderança de um projeto ou ministério com alvos, principalmente os de longo prazo, ficando frustrado, a ponto de ameaçar o sucesso do projeto.

- Não estar disponível nas mãos de Deus, caso Ele queira utilizá-lo na recuperação de uma pessoa que age com falsidade.


Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não possuem o dom espiritual de serviço também devem se esforçar para servir uns aos outros com alegria, pois esta é uma ordem dada por Deus e a obediência os fará mais parecidos com Jesus Cristo.

tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. Mt 20.28

Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; Cl 3.23-24


Áreas da Igreja onde o dom espiritual pode ser utilizado:

- Junta Diaconal
- Auxílio aos pastores
- Auxílio à liderança
- Preparação de eventos
- Realização de tarefas que auxiliam os irmãos (ex: buscar e levar pessoas para os cultos, auxiliar idosos na entrada e saída do templo, levar medicamentos e pessoas necessitadas etc)
- Realização de tarefas que auxiliam a preparação para os cultos (ex: distribuir os boletins da Igreja, receber visitantes na entrada do templo, secar a entrada do templo em caso de chuva)
- Arrecadação de recursos para necessidades específicas



DOM ESPIRITUAL DE AJUDA OU SOCORRO

Base bíblica:

A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; e, segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curas, socorros, governos, variedades de línguas. I Co 12.28


Definição:

O possuidor do dom espiritual de ajuda ou socorro é poderosamente motivado por Deus a suprir a necessidade de uma pessoa que precisa de apoio para executar ou completar tarefas, ou de companhia para realizar algo. Quer ter e aproveitar oportunidades para fazer render o tempo e a capacidade física da pessoa ajudada. Percebe que ali há necessidade de ajuda, mas quer e prefere ser orientado sobre qual tarefa irá realizar e como a pessoa que será ajudada prefere que a tarefa seja feita.


Palavras-chave:

- suprir a necessidade de uma pessoa que precisa de apoio para executar ou completar tarefas

- fazer render o tempo e a capacidade física da pessoa ajudada

- perceber necessidades

- ser orientado sobre qual tarefa irá realizar e como a pessoa que será ajudada prefere que a tarefa seja feita


Características:

- É sensível às necessidades imediatas e práticas das pessoas, querendo supri-las quando fica claro que o outro quer ajuda ou quando há um pedido específico. Tem prazer em servir, realizando o serviço que melhor atenda às necessidades da pessoa que deseja ajuda. É maleável para aprender a adaptar-se às situações.

- Dá apoio espontâneo aos fisicamente fracos. Dedica-se em primeiro lugar a auxiliar os outros, deixando em segundo plano seus próprios interesses. Dá o melhor de si na colaboração que presta e não faz questão de aparecer.

- Prefere fazer tarefas que não necessitam de preparativos prévios e organização detalhada.

- É prestativo e serviçal no Corpo de Cristo, pronto a fazer coisas simples e rotineiras, se for o caso.

- Auxiliar líderes e outros no Corpo, individualmente, para que o tempo deles renda mais e fiquem menos sobrecarregados, lhe traz grande satisfação na sua vida espiritual.

- Sente alegria em aceitar cargos ou tarefas nos trabalhos da Igreja e se esforça para fazer o melhor, mesmo que seja alguma coisa para o qual não esteja preparado. Por outro lado, sente tristeza ao ver as pessoas se esquivarem de fazer o mesmo.

- Prefere não tomar a iniciativa mas está pronto a cooperar com aquele que a toma. Aproxima-se de quem está ocupado em uma tarefa, para ajudar, frequentemente passando a assumir a tarefa sozinho. Não se importa em terminar sozinho uma tarefa.

- Fica muito impressionado com exortações bíblicas que o impelem a auxiliar o irmão na fé.

Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Ec 4.10

Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Lc 10.40

para que a recebais no Senhor e como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar; porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive. Rm 16.2


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:

- Não entender ou não aceitar que ajuda é realmente um dom espiritual e, em consequência, desvalorizar a si próprio. Este sentimento pode levar à inveja de possuidores de outros dons e até mesmo ao ressentimento contra Deus.

- Fazer mal julgamento de irmãos menos ou pouco prestativos.

- Perder a alegria que deveria acompanhar seu serviço ao Senhor, sentindo-se usado ou triste quando ajuda alguém, sem que seu empenho seja reconhecido, dando-lhe a impressão que falhou ou que o exercício do dom não deu certo. Pode sentir-se desanimado ou fracassado pela falta desse retorno.
- Assumir uma liderança ou qualquer outra atividade na igreja, com o objetivo de ajudar, mas não se sair bem, sentindo-se frustrado.


Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não possuem o dom espiritual de ajuda ou socorro também devem se esforçar para ajudar uns aos outros.

(...) sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Gl 5.13c

Não negligencieis, igualmente, a prática do bem a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz. Hb 13.16


Áreas da Igreja onde o dom espiritual pode ser utilizado:

- Junta Diaconal
- Auxílio aos pastores
- Auxílio à liderança
- Auxílio na preparação de eventos
- Realização de tarefas que auxiliam os irmãos (ex: buscar e levar pessoas para os cultos, auxiliar idosos na entrada e saída do templo, levar medicamentos e pessoas necessitadas etc)
- Realização de tarefas que auxiliam a preparação para os cultos (ex: distribuir os boletins da Igreja, receber visitantes na entrada do templo, secar a entrada do templo em caso de chuva)
- Arrecadação de recursos para necessidades específicas



Diferenças entre os dons de serviço e de ajuda:


SERVIÇO
AJUDA OU SOCORRO
Toma a iniciativa
Auxilia aquele que toma a iniciativa
Quer fazer as coisas do seu jeito: “deixa isto comigo”
Quer fazer as coisas do jeito da pessoa a quem está ajudando
Não gosta muito de ajudar; prefere ser o responsável por um projeto
Quer auxiliar; não gosta de ser o responsável por um projeto
Geralmente, sente-se bem em um cargo de liderança de curto prazo
Quando possível, evita estar à frente de um grupo
Diante de uma necessidade, resolve por si qual parcela do serviço ficará por sua conta
Diante de uma necessidade, pergunta: “o que posso fazer?”, deixando a escolha a critério do outro
Quer servir
Quer ajudar


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