sábado, 21 de fevereiro de 2015

Dons Espirituais - aula 03 - Dons espirituais de misericórdia e de repartir ou contribuir


DONS ESPIRITUAIS


AULA 03


Dons espirituais de misericórdia e
de repartir ou contribuir



DOM ESPIRITUAL DE MISERICÓRDIA

Base bíblica: Rm 12.8

(...) o que exerce misericórdia, com alegria.

Definição:

O possuidor do dom espiritual de misericórdia é motivado por Deus para ser o canal através do qual Ele suprirá necessidades do próximo que sofre, ouvindo-o e compreendendo-o. Diante das oportunidades, quer ser um instrumento de Deus, compreendendo e aliviando o sofrimento alheio. Misericórdia é o dom que permite a seu possuidor encarar uma pessoa com amor, esquecendo-se de si próprio, e participar da vida do outro com respeito profundo por ele como membro do Corpo e também por aqueles que ainda não fazem parte do Corpo de Cristo.


Palavras-chave:

- ouvir e compreender alguém que sofre

- esquecer de si próprio

- sofrer o sofrimento alheio

- ter amor tanto pelos cristãos como pelos ímpios

- objetivo: aliviar o sofrimento alheio


Características:

- Identifica-se espontaneamente com indivíduos, tanto cristãos como ímpios, em seus problemas físicos, mentais ou emocionais. É atraído pelos aflitos e sente na pele o que eles sentem. É sensível àquilo que machuca os outros, que sejam palavras, atos ou atitudes. Deseja tirar mágoas e colaborar para o restabelecimento da pessoa.

Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. Rm 12.15

Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem mais tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis maltratados. Hb 13.3


- Sua compreensão do sofrimento alheio leva-o a manifestar compaixão genuína, em ações práticas que reflitam o amor de Cristo e aliviem o sofrimento.

Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado. Pv 31.20

Eu me fazia de olhos para o cego e de pés para o coxo. Dos necessitados era pai e até as causas dos desconhecidos eu examinava. Jó 29.15-16


- Tem a capacidade de discernir motivos sinceros ou não. A mesma energia que demonstra compaixão transforma-se em indignação contra a falsidade. É fechado para os insinceros; quando possível, evita maiores contatos com eles, por ter aversão à hipocrisia, por não saber lidar bem com tais pessoas e por receio de ser explorado por eles.

- Por outro lado, relaciona-se fácil e espontaneamente com as pessoas mais diversas. Reconhece que há gente de difícil relacionamento, mas gosta de aproximar-se delas por sentir que são vítimas de problemas complexos e precisam de compreensão. Prefere relacionar-se com cada um individualmente.

- Está aberto a envolver-se com pessoas que, aos olhos dos demais, não são merecedoras de atenção. Ex: mães solteiras, viciados.

- Aprecia pessoas que são sensíveis às necessidades e sentimentos alheios. Gosta de se relacionar com tais pessoas, mesmo que não sejam cristãs.

- Costuma ficar acordado durante a noite pensando no problema da pessoa e como pode ajudá-la.

- É um canal através do qual Deus age transmitindo o bálsamo de sua presença e compreensão. Frequentemente, a pessoa ajudada percebe a ação divina no alívio do seu sofrimento e é atraída para perto de Deus.


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:

- Orgulhar-se de sua capacidade de compreender bem as pessoas e menosprezar os cristãos que não tem esse dom, por serem menos compreensivos com os outros.

- Tomar as dores do outro pode levá-lo a tomar para si a ofensa alheia e ir à briga.

- Sentir-se usado e desgastado por ser tão procurado por pessoas com problemas, sem que outros percebam que ele também tem problemas e necessita ser ouvido e compreendido.

- Enfrentar situações delicadas pelo desejo de aliviar a aflição emocional de alguém do sexo oposto. Tanto a pessoa ajudada quanto outros poderão entender mal as boas intenções.

- Pode achar difícil disciplinar os filhos por faltar-lhe firmeza.

- Compartilhar com alguém de sua confiança detalhes privados da vida de uma pessoa que está auxiliando, pela necessidade e urgência em encontrar uma solução para o problema, e posteriormente perceber que a informação tornou-se pública.

- Marginalizar pessoas, por entender erroneamente que elas não estão sendo sinceras, e deixar de agir no amor e na direção de Deus para ajudá-las.
Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não tem o dom de misericórdia devem se esforçar para serem generosos e misericordiosos com os que precisam de ajuda, pois esta é uma ordem de Jesus Cristo, que deu o exemplo por toda a sua vida.

O opróbrio (vexame) partiu-me o coração, e desfaleci; esperei por piedade, mas debalde; por consoladores, e não os achei. Sl 69.20

Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, e aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Tg 2.14-17


Áreas da Igreja onde o dom espiritual pode ser utilizado:

- Aconselhamento
- Visitação
- Acompanhamento de idosos, enfermos e crianças
- Arrecadação de donativos para situações específicas e urgentes



DOM ESPIRITUAL DE REPARTIR OU CONTRIBUIR

Base bíblica: Rm 12.8

(...) o que contribui, com liberalidade (...)

Definição:

O possuidor do dom espiritual de repartir é motivado por Deus para ser o canal através do qual Ele suprirá as necessidades materiais de indivíduos ou grupos. Toma a iniciativa, dentro de suas possibilidades, de suprir a necessidade ou de cooperar com outros para fazê-lo. Sua maneira de agir, ao exercer este dom, dependerá muito dos demais dons que possui.


Palavras-chave:

- percebe necessidades materiais de indivíduos ou grupos

- toma a iniciativa

- objetivo: suprir necessidades materiais de indivíduos ou grupos

- modo de agir dependerá muito dos demais dons que possui


Características:

- Como expressão do amor de Deus em sua vida, é motivado a repartir, benigna e generosamente, o que tem com pessoas necessitadas, dentro ou fora do Corpo de Cristo. Sua primeira reação, quando toma conhecimento de uma necessidade material, é o desejo de contribuir.

- Percebe, por orientação do Espírito Santo, onde e quando Deus quer utilizar os bens que estão sob sua responsabilidade. Sabe quantos recursos devem ser repartidos, e, por isso, não sofre pressões de apelos financeiros, por mais válidos que sejam.

- Alegra-se quando toma conhecimento que sua oferta é resposta de orações e que chegou na hora certa e supriu ou ajudou a suprir uma necessidade.

- Sente muita alegria em ser um canal para suprir necessidades materiais no trabalho do Senhor, seja perto ou longe. Identifica-se com missionários e obreiros e pensa em si próprio como um verdadeiro cooperador na obra e como membro da equipe. É um sustentador fiel do trabalho missionário.

- Com sua percepção espiritual, está atento a necessidades materiais que outros podem ignorar ou negligenciar. Tende a ficar envolvido no problema até a solução.

- Fica entristecido e até mesmo revoltado quando outros crentes com algum recurso tomam conhecimento de uma necessidade material legítima, mas permanecem indiferentes.

- Tem capacidade de fazer compras e investimentos de forma sensata.
- Sente que tem a responsabilidade de incentivar e motivar a generosidade dos outros. Faz isso propondo e apoiando campanhas de ofertas especiais, e também pelo seu exemplo constante.

- Deseja grandemente ver o uso responsável dos recursos da Igreja. Quer interferir em um projeto para o qual contribui, quando percebe que este está se desviando dos propósitos do Senhor.

- Deseja repartir discretamente e evita a publicidade. Pode até mesmo contribuir de forma anônima.

Tu, porém, ao dares a esmola, ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita. Mt 6.3


- Tem pouco interesse em coisas materiais. Adquire o necessário, cuida daquilo que tem, mas prefere investir seus recursos no auxílio dos necessitados.

- Tem convicção de que a vida cristã autêntica inclui e requer liberalidade e que Deus, através do exercício deste dom, se torna mais real na vida de muitos, que O glorificam.


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:

- Criticar cristãos que não demonstram a mesma atitude generosa dele, por não entenderem que trata-se de um dom espiritual.

- Medir a maturidade espiritual dos cristãos pela contribuição financeira que fazem.

- Ceder às pressões para contribuir quando não recebe a orientação do Espírito Santo, para se livrar de pessoas insistentes ou para evitar ser mal compreendido. Não há alegria nessa contribuição, pois não houve o exercício do seu dom.

- Tentar controlar um projeto no trabalho de Deus, preocupado com sua contribuição (talvez grandiosa) investida ali.

- Por querer suprir rapidamente uma necessidade material, poderá prejudicar o relacionamento do necessitado com Deus e a compreensão da obra que Deus faz em sua vida.

- Assumir muitos compromissos financeiros e mantê-los além do necessário, segundo a obra de Deus na vida do necessitado.

- Ser limitado no exercício do dom por ser casado com uma pessoa ímpia ou com um cristão sem este dom e sem a correta compreensão do mesmo.


Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não tem o dom de repartir devem ser generosos e contribuir com alegria, sempre que possível e de acordo com suas posses, pois esta é uma forma de demonstrar o amor de Deus pelos necessitados.

Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. II Co 9.7

O que dá ao pobre não terá falta, mas o que dele esconde os olhos será cumulado de maldições. Pv 28.27


Áreas da Igreja onde o dom espiritual pode ser utilizado:

- Junta Diaconal
- Sustento de missionários e obreiros
- Campanhas específicas de arrecadação de recursos
- Gestão dos recursos de determinada área da Igreja
- Primeiro passo para aprofundamento de relacionamentos e evangelização

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Dons Espirituais - aula 02 - Dons espirituais de serviço e de ajuda


DONS ESPIRITUAIS


AULA 02


Dons espirituais de serviço e de ajuda



TÓPICOS


- Base bíblica da existência do dom espiritual
- Definição/conceito do dom espiritual
- Palavras-chave
- Características práticas do possuidor do dom espiritual
- Erros e perigos que devem ser evitados
- Responsabilidade dos cristãos em geral
- Áreas da Igreja onde o dom espiritual pode ser utilizado



DOM ESPIRITUAL DE SERVIÇO

Base bíblica: Rm 12.7

se ministério, dediquemo-nos ao ministério (...)

Definição:

O possuidor do dom espiritual de serviço é poderosamente motivado por Deus para ser o canal através do qual Ele suprirá a necessidade que uma pessoa ou grupo tem de realizar certas tarefas, contudo, sem competência ou tempo necessários para fazê-las. Ele percebe por si mesmo qual tarefa precisa ser feita com maior urgência e toma a iniciativa de se responsabilizar por ela, executando-a a seu modo.


Palavras-chave:

- suprir necessidades

- realizar tarefas

- perceber por si mesmo uma necessidade

- tomar a iniciativa

- executar o serviço a seu modo


Características:

- Discerne necessidades práticas e toma a iniciativa de supri-las o mais depressa possível, elegendo a mais urgente. Assume a responsabilidade de realizar uma tarefa do seu jeito, muitas vezes sem ser convidado. “Deixa isto comigo” é uma frase que ouvimos dos possuidores deste dom frequentemente.

- Caso ele próprio não possa agir, procura quem possa substituí-lo adequadamente. No entanto, cuida de suprir necessidades sem importar-se com seu próprio cansaço, com disposição até mesmo de usar recursos pessoais para evitar atrasos em atender uma necessidade prática. Às vezes acabe por envolver-se numa variedade de atividades, por ter dificuldade em dizer “não”.

- Tem satisfação com alvo a curto e médio prazos, mas fica frustrado com alvos a longo prazo ou quando há limite de tempo para as tarefas e serviços. Por isto, evita burocracia (hierarquia, protocolo, papelada) que complica ou atrasa a solução do caso.

- Está convicto da importância de testemunhar mais pela vida cristã prática do que por muito falar.

- É capaz de discernir falsidade. Neste caso, recusa-se a suprir as necessidades alegadas, desmascarando a pessoa.

- É um canal para Deus atrair pessoas para mais perto Dele e abençoá-los, através dos serviços prestados pelo possuidor do dom espiritual.


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:

- Negligenciar a família. Isto pode provocar ressentimento do cônjuge ou dos filhos contra a Igreja, com agravante se eles não forem cristãos.

- Ter dificuldade em estabelecer e manter prioridades conforme a vontade de Deus, e em reconhecer que a existência de uma necessidade não é automaticamente o sinal para envolver-se. Isto pode levá-lo a assumir mais compromissos do que pode. Quando não consegue resolver o problema e não assume tal fato, pode prejudicar seu relacionamento com as demais pessoas envolvidas.

- Ser, às vezes, intrometido, tentando envolver-se em casos que não são da sua alçada.

- Cobrar dos irmãos que não se apressam em suprir necessidades práticas a mesma urgência que ele tem. Por ter dificuldade em delegar tarefas, tentar resolver tudo sozinho, com prejuízo pessoal, a ponto de recusar-se a ser servido por outros ou de ficar impaciente com os que procuram ajudá-lo. Quando resolve pedir ajuda, tender a desrespeitar prioridades e afazeres dos que são chamados para ajudá-lo; querer ser atendido imediatamente, mesmo que tanta pressa não seja necessária.

- Querer controlar as coisas, sendo “mandão” ou “prepotente”. Fechar-se às sugestões de outros, a ponto de tornar difícil a cooperação de terceiros, confiando demais na sua capacidade de tomar decisões acertadas unilateralmente, quanto, em certos casos, algum conhecimento técnico ou especializado é necessário.

- Tornar-se pouco prestativo por não se adaptar de bom grado à chefia de outro, menos competente na sua opinião.

- Aceitar a liderança de um projeto ou ministério com alvos, principalmente os de longo prazo, ficando frustrado, a ponto de ameaçar o sucesso do projeto.

- Não estar disponível nas mãos de Deus, caso Ele queira utilizá-lo na recuperação de uma pessoa que age com falsidade.


Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não possuem o dom espiritual de serviço também devem se esforçar para servir uns aos outros com alegria, pois esta é uma ordem dada por Deus e a obediência os fará mais parecidos com Jesus Cristo.

tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. Mt 20.28

Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; Cl 3.23-24


Áreas da Igreja onde o dom espiritual pode ser utilizado:

- Junta Diaconal
- Auxílio aos pastores
- Auxílio à liderança
- Preparação de eventos
- Realização de tarefas que auxiliam os irmãos (ex: buscar e levar pessoas para os cultos, auxiliar idosos na entrada e saída do templo, levar medicamentos e pessoas necessitadas etc)
- Realização de tarefas que auxiliam a preparação para os cultos (ex: distribuir os boletins da Igreja, receber visitantes na entrada do templo, secar a entrada do templo em caso de chuva)
- Arrecadação de recursos para necessidades específicas



DOM ESPIRITUAL DE AJUDA OU SOCORRO

Base bíblica:

A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; e, segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curas, socorros, governos, variedades de línguas. I Co 12.28


Definição:

O possuidor do dom espiritual de ajuda ou socorro é poderosamente motivado por Deus a suprir a necessidade de uma pessoa que precisa de apoio para executar ou completar tarefas, ou de companhia para realizar algo. Quer ter e aproveitar oportunidades para fazer render o tempo e a capacidade física da pessoa ajudada. Percebe que ali há necessidade de ajuda, mas quer e prefere ser orientado sobre qual tarefa irá realizar e como a pessoa que será ajudada prefere que a tarefa seja feita.


Palavras-chave:

- suprir a necessidade de uma pessoa que precisa de apoio para executar ou completar tarefas

- fazer render o tempo e a capacidade física da pessoa ajudada

- perceber necessidades

- ser orientado sobre qual tarefa irá realizar e como a pessoa que será ajudada prefere que a tarefa seja feita


Características:

- É sensível às necessidades imediatas e práticas das pessoas, querendo supri-las quando fica claro que o outro quer ajuda ou quando há um pedido específico. Tem prazer em servir, realizando o serviço que melhor atenda às necessidades da pessoa que deseja ajuda. É maleável para aprender a adaptar-se às situações.

- Dá apoio espontâneo aos fisicamente fracos. Dedica-se em primeiro lugar a auxiliar os outros, deixando em segundo plano seus próprios interesses. Dá o melhor de si na colaboração que presta e não faz questão de aparecer.

- Prefere fazer tarefas que não necessitam de preparativos prévios e organização detalhada.

- É prestativo e serviçal no Corpo de Cristo, pronto a fazer coisas simples e rotineiras, se for o caso.

- Auxiliar líderes e outros no Corpo, individualmente, para que o tempo deles renda mais e fiquem menos sobrecarregados, lhe traz grande satisfação na sua vida espiritual.

- Sente alegria em aceitar cargos ou tarefas nos trabalhos da Igreja e se esforça para fazer o melhor, mesmo que seja alguma coisa para o qual não esteja preparado. Por outro lado, sente tristeza ao ver as pessoas se esquivarem de fazer o mesmo.

- Prefere não tomar a iniciativa mas está pronto a cooperar com aquele que a toma. Aproxima-se de quem está ocupado em uma tarefa, para ajudar, frequentemente passando a assumir a tarefa sozinho. Não se importa em terminar sozinho uma tarefa.

- Fica muito impressionado com exortações bíblicas que o impelem a auxiliar o irmão na fé.

Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Ec 4.10

Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Lc 10.40

para que a recebais no Senhor e como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar; porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive. Rm 16.2


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:

- Não entender ou não aceitar que ajuda é realmente um dom espiritual e, em consequência, desvalorizar a si próprio. Este sentimento pode levar à inveja de possuidores de outros dons e até mesmo ao ressentimento contra Deus.

- Fazer mal julgamento de irmãos menos ou pouco prestativos.

- Perder a alegria que deveria acompanhar seu serviço ao Senhor, sentindo-se usado ou triste quando ajuda alguém, sem que seu empenho seja reconhecido, dando-lhe a impressão que falhou ou que o exercício do dom não deu certo. Pode sentir-se desanimado ou fracassado pela falta desse retorno.
- Assumir uma liderança ou qualquer outra atividade na igreja, com o objetivo de ajudar, mas não se sair bem, sentindo-se frustrado.


Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não possuem o dom espiritual de ajuda ou socorro também devem se esforçar para ajudar uns aos outros.

(...) sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Gl 5.13c

Não negligencieis, igualmente, a prática do bem a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz. Hb 13.16


Áreas da Igreja onde o dom espiritual pode ser utilizado:

- Junta Diaconal
- Auxílio aos pastores
- Auxílio à liderança
- Auxílio na preparação de eventos
- Realização de tarefas que auxiliam os irmãos (ex: buscar e levar pessoas para os cultos, auxiliar idosos na entrada e saída do templo, levar medicamentos e pessoas necessitadas etc)
- Realização de tarefas que auxiliam a preparação para os cultos (ex: distribuir os boletins da Igreja, receber visitantes na entrada do templo, secar a entrada do templo em caso de chuva)
- Arrecadação de recursos para necessidades específicas



Diferenças entre os dons de serviço e de ajuda:


SERVIÇO
AJUDA OU SOCORRO
Toma a iniciativa
Auxilia aquele que toma a iniciativa
Quer fazer as coisas do seu jeito: “deixa isto comigo”
Quer fazer as coisas do jeito da pessoa a quem está ajudando
Não gosta muito de ajudar; prefere ser o responsável por um projeto
Quer auxiliar; não gosta de ser o responsável por um projeto
Geralmente, sente-se bem em um cargo de liderança de curto prazo
Quando possível, evita estar à frente de um grupo
Diante de uma necessidade, resolve por si qual parcela do serviço ficará por sua conta
Diante de uma necessidade, pergunta: “o que posso fazer?”, deixando a escolha a critério do outro
Quer servir
Quer ajudar