sábado, 25 de abril de 2015

Dons Espirituais - aula 12 - Dom espiritual de intercessão


DONS ESPIRITUAIS


AULA 12


DOM ESPIRITUAL DE INTERCESSÃO


Definição:

O possuidor deste dom é motivado por Deus para interceder incessantemente em favor dos necessitados, sejam crentes ou não, a fim de que o Senhor intervenha em favor deles.

Aquele que intercede se coloca diante de Deus em favor do outro.

Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Tg 5.16


Alguns casos de intercessores nas Escrituras Sagradas:

Abraão intercedeu pelos justos que moravam em Sodoma e Gomorra, a fim de evitar a destruição das cidades.

Então, partiram dali aqueles homens e foram para Sodoma; porém Abraão permaneceu ainda na presença do SENHOR. E, aproximando-se a ele, disse: Destruirás o justo com o ímpio? Gn 18.22-23


Moisés intercedeu pelo povo no deserto.

Porém Moisés suplicou ao SENHOR, seu Deus, e disse: Por que se acende, SENHOR, a tua ira contra teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande fortaleza e poderosa mão?


O povo de Israel pedia a Samuel que intercedesse ao Senhor em momentos de perigo.

Então, disseram os filhos de Israel a Samuel: Não cesses de clamar ao SENHOR, nosso Deus, por nós, para que nos livre da mão dos filisteus. I Sm 7.8


Epafras foi citado por Paulo como grande intercessor.

Saúda-vos Epafras, que é dentre vos, servo de Cristo Jesus, o qual se esforça sobremaneira, continuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus. Cl 4.12

Características*:

- Deseja orar frequentemente e o faz com prazer.

- Ora “informalmente” durante todo o dia e no meio das mais diversas atividades: andando, dirigindo, trabalhando, em filas etc.

- Faz questão de separar um tempo a sós com Deus e interceder. Sente-se frustrado quando, por qualquer razão, não reservar tempo adequado para oração.

- Está disposto a levantar de noite ou de madrugada para horas por uma ou mais horas, se assim Deus o conduzir.

- Sente-se feliz em gastar longas horas em oração, sozinho ou com outros, e a despeito do cansaço físico ou mental.

- Tem anseio por conhecer motivos de oração e levá-los a Deus. Dificilmente se esquece de algum pedido.

- Identifica-se com aquele pelo qual intercede, sentindo sua angústia.

- É sensível às respostas de Deus sobre os pedidos feitos em oração, mais que os demais cristãos.

- Promove e gosta de participar de reuniões e vigílias de oração com mais frequência que os demais irmãos.


Concepções equivocadas sobre o possuidor do dom*:

- Pode ser tachado de:

- Exagerado ou de desejar ser mais espiritual que outros, pela ênfase e pelo tempo gasto com a oração.

- Preguiçoso ou pouco prático, por achar que a oração deve ser sempre o primeiro passo de qualquer projeto.

- Desocupado, por passar longas oras em oração.

- Chato, por às vezes fazer longas orações nos cultos.

- Mentiroso, quando diz honestamente que continua orando por alguém, mesmo muito tempo depois de ter ciência do pedido.


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar*:

- Pode se considerar ou ser considerado por outros como “improdutivo na vida da Igreja”, caso não tenha outro dom mais evidente.

- Insistir que os outros orem por tanto tempo quanto ele ou tachar os que não fazem de “frios” ou “relaxados”.

- Ficar vaidoso por perceber as respostas de Deus às suas orações. Pode ficar orgulhoso, achando que é melhor que os outros.

- Torna-se excessivamente passivo diante de outras necessidades da Igreja ou das pessoas.

- Ser visto como fofoqueiro, por passar para frente informações pessoais, no desejo que outros também intercedam pela situação.

- Esquecer-se de si mesmo e do seu crescimento espiritual. Por dedicar muito tempo à oração, pode negligenciar a leitura das Escrituras Sagradas.

- Desestimular a participação de outros, por fazer orações muito longas, não deixando tempo para as orações dos demais ou deixando alguns envergonhados em fazerem orações curtas.

- Não ter alguém que ore por ele.


Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não possuem o dom de intercessão também tem a responsabilidade de orar uns pelos outros.

Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. I Tm 2.1-2

Orai sem cessar. I Ts 5.17

Temos que aprender a orar menos em nosso próprio favor e mais e favor de todos os cristãos. Esse é um dos ensinamentos do Senhor Jesus na oração dominical.

Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nosso devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém! Mt 6.9-13



*Algumas informações foram extraídas do site: http://v.calameo.com/2.1/cviewer.swf?bkcode=000272455bf4e459c00b6



Dons Espirituais - aula 11 - Dom espiritual de hospitalidade


DONS ESPIRITUAIS


AULA 11


DOM ESPIRITUAL DE HOSPITALIDADE


Definição:

O possuidor deste dom é motivado por Deus para suprir a necessidade de alguém que precisa de acolhimento fraterno.



hospitalidade
hos.pi.ta.li.da.de
sf (lat hospitalitate) 1 Ato de hospedar. 2 Qualidade de hospitaleiro. 3 Bom acolhimento dispensado a alguém. 4 Agasalho dado a hóspedes.


Jesus Cristo é o exemplo de hospitalidade, pois acolhe seus filhos com todo amor e promete preparar-lhes morada eterna.

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vos também. Jo 14.1-3

Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. II Co 5.1

Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas. Fartam-se da abundância da tua casa, e na torrente das tuas delícias lhes dás de beber. Sl 36.7-8


O dom espiritual de hospitalidade tem a qualidade especial de combinar com os outros dons da pessoa, e seu exercício proporciona o exercício dos demais dons.

Além dos benefícios que gera ao beneficiário do dom (hóspede), este dom é uma “porta de entrada” para o exercício dos demais dons pelo cristão.

Ao contrário do que parece, há muitos cristãos solitários e que carecem de atenção e cuidado: o único cristão do lar, solteiros, viúvos, estudantes, novos cristãos etc.

Exercer a hospitalidade é muito mais que apenas cumprimentar um visitante na porta ou no salão da Igreja, conversar com ele dois ou três minutos e desejar-lhe uma “boa semana”, sem ter a menor ideia da realidade de vida daquela pessoa.


Características:

- Abre seu lar de bom grado e sente-se privilegiado em oferecer uma refeição ou repouso. Faz o hóspede sentir-se como membro da família.

- Procura meios alternativos de acolher as pessoas, na falta de lar próprio ou de liberdade para convidar outros para seu lar.

- Quer proporcionar um ambiente acolhedor para a evangelização de parentes e amigos, às vezes com a participação de um irmão na fé com o dom de evangelista.

- Está muito mais interessado no hóspede do que em si próprio; por isso, não fica excessivamente preocupado com luxo, arrumação da casa ou cardápio. Oferece o melhor que tiver, sem ficar constrangido.

- Preocupa-se com os visitantes na Igreja; quer que eles se sintam bem e desejem voltar; incentiva outros a assumir a responsabilidade de receber bem o visitante e demonstrar interesse pessoal nele.

- Demonstra interesse genuíno em atender as necessidades daqueles que visitam seu lar ou sua Igreja.

- Tem facilidade em fazer com que os “desconhecidos” se sintam “em casa”.

- Fica feliz tendo hóspedes em casa, às vezes até mais feliz do que quando está sozinho ou apenas com a família.

- Gosta de hospedar servos do Senhor que vêm participar de algum trabalho na Igreja.

Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, os quais, perante a Igreja, deram testemunho do teu amor. Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus; pois por causa do Nome foi que saíram, nada recebendo dos gentios. Portanto, devemos acolher estes irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade. III Jo 1.5-7

Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai na minha casa e aí ficai. E nos constrangeu a isso. At 16.15

- Preocupa-se com os cristãos que estão longe de seus familiares e procura fornecer um ponto de apoio através do seu lar, família ou Igreja. Frequentemente “adota” um ou mais cristãos como “membros” da família.

- Acolhe carinhosamente os cristãos de outros países ou de outras regiões do país, ou seja, aqueles que estão foram de seu ambiente natural.

compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; Rm 12.13


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:

- Ter seu dom explorado por familiares, talvez a ponto de comprometer seu orçamento.

- Dar ouvidos às críticas de pessoas que consideram seu lar muito simples ou pobre para receber hóspedes.

- Insistir em exercer frequentemente este dom em casa, constrangendo os familiares e criando atritos no lar.

- Se for homem, fazer pouco caso das adaptações necessárias à recepção de um hóspede (cardápio, lugares para dormir etc), deixando a esposa constrangida com a situação.

- Convidar pessoas do sexo oposto para hospedar-se em sua casa, principalmente se for solteiro.

- No caso de cristãos novos, hospedar não-cristãos sem o preparo adequado em oração e na dependência do Espírito Santo. Tal falha poderá levar os hóspedes a dominarem o ambiente, tornando-o constrangedor para os moradores.


Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não possuem o dom de hospitalidade também tem a responsabilidade de ser hospitaleiro.

Receber bem uma pessoa pode ser uma ótima oportunidade para a evangelização.

Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração. I Pe 4.9

Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro; e me hospedastes; Mt 25.35


domingo, 5 de abril de 2015

Dons Espirituais - aula 10 - Dom espiritual de pastorear


DONS ESPIRITUAIS


AULA 10


DOM ESPIRITUAL DE PASTOREAR


Base bíblica: Ef 4.11

E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres.


Definição:

O possuidor deste dom é motivado por Deus a suprir as necessidades espirituais dos cristãos, quer sejam novos ou antigos na fé. Quer auxiliá-los no amadurecimento espiritual.


pastorear
pas.to.re.ar
(pastor+ear) vtd 1 Guiar ao pasto, guardar durante ele: Pastorear ovelhas. Pastoreá-las por vales e campos. 2 fig Guiar espiritualmente ou governar eclesiasticamente: Pastoreia duas igrejas. 3 Dirigir, governar: Pastorear povos. 4 Reg (Sul e Centro) Pastorejar.
Extraído de http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=pastorear. Acessado em 04 de abril de 2015.



Jesus Cristo é o Supremo Pastor que deu a vida pelas ovelhas e cuida delas em todos os momentos.

O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Sl 23.1

Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente. Is 40.11

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Jo 10.11

Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, Hb 13.20

Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória. I Pe 5.4


Características:

- Assume uma responsabilidade pessoal a médio ou longo prazo, para o bem-estar de um grupo de cristãos, sejam novos convertidos ou antigos na fé.

- Sente muita satisfação em relacionar-se com novos convertidos, discipulando-os para ajudá-los a crescer na fé. Está disposto a gastar o tempo necessário nisso.

- Preocupa-se com o “entrosamento” dos novos cristãos na Igreja e com a aceitação deles do jeito como estão.

- Está sempre alerta para evitar que o novo convertido alimente-se de “ervas daninhas” (falsas doutrinas, meias verdades, ensino superficial etc).

- Procura estar sempre perto das suas ovelhas e utiliza-se de todos os meios possíveis para isso, como telefone, internet, notícias de amigos etc. Procura logo a ovelha que se ausenta ou que foge dele.

- Procura conhecer bem cada ovelha confiada a seu cuidado e ser bem conhecido por elas, para ser acessível e suprir necessidades reais.

- Gosta de visitar os cristãos e de participar de encontros informais com eles, onde cada um pode se desenvolver e o pastor pode conhecê-los melhor.

- Geralmente, não tem tanto talento para oratória e não se interessa em desenvolvê-lo, por ser uma forma impessoal de relacionar-se com as pessoas. Prefere dedicar-se aos relacionamentos interpessoais intensamente.

- Não procura engrandecimento pessoal, mas esforça-se para que sua ovelha cresça espiritualmente, tomando cada uma seu lugar no corpo de Cristo.

- Está sempre disposto a animar, incentivar e corrigir suas ovelhas, mesmo que elas não compreendam sua atitude no momento.


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:

- Se for um pastor ordenado, familiarizar-se demais com determinadas ovelhas, esquecendo-se de sua responsabilidade de cuidar de todo o rebanho.

- Ter maior interesse em relacionar-se com cristãos mais ricos ou socialmente mais bem sucedidos, para obter alguma vantagem pessoal (o problema será maior caso de um pastor ordenado).

- Pastorear com maior interesse os cristãos que ocupam cargos na Igreja, especialmente os presbíteros, para facilitar sua permanência na Igreja o maior tempo possível ou para conseguir aprovar suas ideias com mais facilidade (o problema será maior caso de um pastor ordenado).

- Negligenciar erros de ovelhas mais “queridas” e tentar protegê-las nas situações em que elas devem ser repreendidas.

- Negligenciar a atenção devida à sua própria família.

- Limitar ou dificultar o crescimento da Igreja por não dedicar o tempo necessário ao cuidado das ovelhas.

- Encontrar-se frequentemente com pessoa do sexo oposto para ajudá-la em suas dificuldades. Isso poderá causar mal-estar na Igreja.

- Perder o entusiasmo quando percebe que suas ovelhas não ouvem seus ensinamentos ou não se esforçam para crescer.

Eu, porém, irmãos, não vos pude falar com a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. I Co 3.1-2

A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Hb 11-12

  
Diferenças entre os dons de evangelista e pastor:

EVANGELISTA
PASTOR
Preocupa-se em “ganhar” pessoas para Cristo, através do novo nascimento
Preocupa-se em “criar” os filhos, sejam novos ou antigos na fé
Alegra-se intensamente ao ver pessoas serem salvas das trevas e colocadas no caminho da luz que é Cristo
Alegra-se intensamente ao ver o crescimento/amadurecimento dos cristãos
Vai até os não-crentes; o contato pode ser único ou repetido
Permanece com as ovelhas; o discipulado leva tempo
Centraliza sua mensagem nas boas-novas de Cristo: morte e ressurreição
Sua mensagem é variada, de acordo com a necessidade das ovelhas
OBSTETRA
PEDIATRA


Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não possuem o dom de pastorear também devem se esforçar para cuidar uns dos outros, como todo amor e dedicação, para o bom crescimento do corpo de Cristo.

Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas. Cl 3.23-25

Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor. Ef 4.15-16


Áreas onde o dom espiritual pode ser utilizado:

- Lares
- Grupos familiares
- Sociedades internas
- Coral
- Escola Dominical
- Discipulado (individual ou coletivo)


Dons Espirituais - aula 09 - Dom espiritual de evangelista


DONS ESPIRITUAIS


AULA 09



DOM ESPIRITUAL DE EVANGELISTA


Base bíblica: Ef 4.11

E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres.


Definição:

O possuidor deste dom é motivado por Deus a suprir a necessidade espiritual de uma pessoa sem Cristo. Toma a iniciativa de apresentar Jesus ao maior número de pessoas possível.


evangelizar
e.van.ge.li.zar
(gr euaggelízein) vtd 1 Pregar o Evangelho a. 2 Preconizar, pregar como evangelho.
Extraído de http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=evangelizar. Acessado em 28 de março de 2015.


Jesus Cristo exerceu fielmente o dom de evangelista e ensinou seus discípulos a fazerem o mesmo.

Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. Mt 4.23

O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Lc 4.18 (ver Is 61.1-2)

Eles, porém, havendo testificado e falado a Palavra do Senhor, voltaram para Jerusalém e evangelizavam muitas aldeias dos samaritanos. At 8.25


É importante ter em mente que as pessoas com dom espiritual de evangelista são muito diferentes umas das outras:

- leigos ou ministros ordenados;
- homens ou mulheres, jovens, adultos ou idosos;
- analfabetos ou alfabetizados;
- dedicação em tempo integral ou parcial etc.


Tais pessoas precisam de espaço e tempo para descobrir a área mais adequada para o exercício do dom, exemplos: crianças, universitários, evangelismo pessoal ou de massa, de porta a porta ou em grupos familiares.


Características:

- Tem paixão pelos que estão acorrentados pelo pecado. Está disposto a fazer o que for necessário para levar o evangelho aos necessitados.

Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele. I Co 9.22-23


- Compartilha o evangelho de maneira atrativa e compreensível, espontânea e alegremente, no trabalho, no ônibus, na escola etc. Não o faz por obrigação.

- Tem grande satisfação de comunicar o evangelho em todas as oportunidades: conversando, falando em publico, cantando etc. Utiliza seus talentos e sua personalidade para evangelizar o maior número possível de pessoas.

- Tem facilidade em perceber a transformação operada pelo Espírito Santo na vida da pessoa, assistindo o novo na fé e sentindo-se grato a Deus por ter sido o canal divino nessa conversão.

- Se esforça por demonstrar a triste situação de vida de uma pessoa sem Cristo e seu terrível destino. O evangelista poderá chorar sinceramente ao perceber tais questões.

- Conta com a Igreja para alimentar o novo convertido. Poderá assumir o discipulado, caso ninguém assuma tal responsabilidade.

- Sente frustração com uma mensagem evangelística mal apresentada, sabendo que há, entre os ouvintes, pessoas não cristãs.

- Está pronto a colaborar com o pregador da mensagem “evangelística”, conversando particularmente com alguma pessoa que o procure após o culto, para verificar sua compreensão do plano de salvação.

- Está sempre pronto e se mostra eficiente em fazer “visitas de evangelização”.


Erros e perigos que o possuidor do dom deve evitar:

- Demonstrar excesso de preocupação com as almas e esquecer-se do direcionamento da Igreja nas demais áreas (principalmente no caso dos oficiais).

- Utilizar truques ou qualquer meio para ganhar almas, a fim de melhorar a estatística do seu “desempenho pessoal”.

- Menosprezar outros assuntos importantes da vida cristã, como ensino das Escrituras, amparo aos carentes, visitação dos enfermos etc.

- Dar mau testemunho, anunciando a Palavra de Deus na hora em que deveria estar trabalhando.

- Deixar perecer a vida no lar, descuidando-se do relacionamento com o cônjuge e da criação dos filhos.

- Distorcer ou diluir a pregação, levando pessoas a conhecer um evangelho enganoso, superficial e fácil de ser assumido. Faz isso para tentar “convencer” mais pessoas.

- Convencer-se de que é superior aos demais cristãos, porque recebeu o dom de ganhar almas para Cristo, e menosprezar quem não possui este dom.

- Utilizar o exercício do dom de maneira ilícita, explorando os convertidos.

- Evangelizar com motivos ilícitos: ter ciúme de outros evangelistas mais “bem sucedidos”, querer prestígio pessoal ou denominacional etc. Deus abençoa os covertidos, mas nem sempre o evangelista.

Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade. Fp 1.15

- Negligenciar seu próprio crescimento espiritual, esquecendo-se que é alvo dos ataques do inimigo, e, por isso, precisa cultivar sua intimidade com Deus.

- Colocar fardos pesados nos ombros dos crentes dedicados, mas que não possuem o dom de evangelista. Cobrar insistentemente de todos o exercício do dom, criando falsa culpa nos cristãos.

- Por imprudência, manter contatos frequentes com pessoa do sexo oposto, na ânsia de evangelizá-la.

- Achar-se numa situação embaraçosa ao evangelizar uma pessoa do sexo oposto, que interpretou mal as intenções do evangelista, perdeu o alvo de ir a Cristo e apaixonou-se por ele (o evangelista apenas exerceu seu dom fielmente, sem segundas intenções).


Responsabilidade dos cristãos em geral:

Os cristãos que não possuem o dom de evangelista também devem se esforçar para pregar o evangelho a todos que estão ao seu redor.

Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um. Cl 4.5-6

Conjuro-te perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, que não, corrige, repreende, exorta com toda longanimidade e doutrina. II Tm 4.1-2


Áreas onde o dom espiritual pode ser utilizado:

- Lares
- Vizinhança
- Escola
- Trabalho
- Ônibus
- Filas de banco, lojas
- Hospitais etc.