- Contexto
histórico
- A acusação do
Senhor
- A determinação
do Senhor
- A promessa do
Senhor
- A libertação do
Senhor
- Conclusão
- Referências
bibliográficas
CONTEXTO HISTÓRICO
Jeremias foi
chamado por Deus para ser profeta desde o reinado de Josias até o exílio do
povo na Babilônia, o que compreendeu um período de 40 anos.
O início do seu
ministério foi marcado pela reforma promovida pelo rei Josias, certamente um
período de ascensão espiritual do povo de Judá. Porém, ao que tudo indica os
efeitos dessa reforma não foram duradouros, pois a profecia de Jeremias é quase
que totalmente marcada pela advertência contra as práticas imorais do povo e da
liderança.
“(...) Jeremias
nasceu durante os últimos dias do reinado do rei Josias, o último dos bons reis
de Judá. O surgimento do profeta se deu nos dias de declínio moral, político e
religioso do povo de Judá, que terminou no exílio da Babilônia. Quando Deus
chamou Jeremias, ele era ainda jovem e passou a prepará-lo de imediato para que
servisse como profeta para as nações. Ele era da família de sacerdotes, chamado
para ser profeta em um tempo de muita infelicidade. (...)”
BÍBLIA DA
LIDERANÇA CRISTÃ. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007. p. 639.
Seu ministério
foi muito difícil, pois desde o início ele sabia que deveria pregar
insistentemente, mas o povo não lhe dava ouvidos, conforme antecipado pelo
Senhor a ele.
Dir-lhes-ás, pois, todas estas palavras, mas não te darão ouvidos;
chamá-los-ás, mas não te responderão. Dir-lhes-ás: Esta é a nação que não
atende à voz do SENHOR, seu Deus, e não aceita a disciplina; já pereceu, a
verdade foi eliminada da sua boca. Jr 7.27-28
A ACUSAÇÃO DO SENHOR
Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! – diz
o SENHOR. Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, contra os pastores
que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as
afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade
das vossas ações, diz o SENHOR. Jr 23.1-2
O texto começa
com uma severa acusação feita pelo próprio Deus contra os pastores de Judá.
A palavra
“pastores” utilizada no texto refere-se tanto aos vários reis maus que
governaram Judá e Israel, como também aos profetas e sacerdotes que não
observavam a lei de Deus e praticavam a imoralidade.
Pois estão contaminados, tanto o profeta como o sacerdote; até na minha
casa achei a sua maldade, diz o SENHOR. Jr 23.11
A acusação de
Deus era contra toda a liderança do povo daqueles dias.
Os pastores foram
acusados de destruírem e dispersarem as ovelhas. Vejamos um pouco cada uma
dessas características:
- Destruir é o
contrário de construir. Deus acusou seus líderes de não se esforçarem no
desenvolvimento e fortalecimento das ovelhas, o que somente seria possível com
o ensino constante na lei do Senhor, com uma vida prática por parte dos líderes
que testemunhasse esse ensino e com a correção amorosa das ovelhas que se
desviassem em algum momento da caminhada.
“(...) Um pastor
do povo de Deus é responsável por cuidar deles. É responsável por alimentá-los
com a Palavra de Deus em sua pregação, aconselhamento e conversas diárias. É
responsável por proteger as ovelhas dos falsos mestres, do veneno de falsas
doutrinas, da influência do mundo. (...)”
HARVEY, D. Eu sou
chamado?; tradução Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP:
Editoral Fiel, 2013 p. 140.
Os líderes
cristãos devem ser dedicar à construção, à edificação de suas ovelhas, pois é
isso que Deus requer de cada um deles. E era isso que os pastores de Judá e de
Israel não estavam fazendo.
- Espalhar é o
contrário de reunir. Deus acusou seus líderes de não se empenharem em unir as
ovelhas em torno da Sua lei, da meditação e prática. Um pastor que não ama as
ovelhas não se entrega por elas, ao contrário, é o primeiro a fugir quando
aparecem os problemas. O Senhor Jesus advertiu seus discípulos quanto a isso:
O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir
o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O
mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas. Jo
10.12-13
Os pastores de
Judá foram acusados exatamente disso, de se preocuparem apenas com seus
próprios interesses e se esquecerem das ovelhas. Eles demonstravam
exteriormente o cultivo de uma vida religiosa, na execução diária das tarefas
descritas na lei de Deus, mas interiormente sua mente e coração estavam
distantes do Senhor, o que também era comprovado por suas práticas imorais e
escandalosas em lugares escondidos. Tinham aparência de cristãos, mas eram
lobos vestidos em peles de cordeiros.
“(...) Esse
período deve ter sido terrível para a nação de Israel. Exatamente as pessoas
que deveriam conduzir o povo pelos caminhos da piedade e justiça estavam
mergulhadas na maldade e no pecado. Isso entristeceu Jeremias. Também atraiu a
ira de Deus sobre o povo. (...)”
CARSON, D.A. As
Escrituras dão testemunho de mim: Jesus e o evangelho no Antigo Testamento;
tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Vida Nova, 2015. p. 108
Semelhantemente,
devemos ter cuidado com líderes que se preocupam com sua própria valorização
pessoal, com cargos e hierarquias de qualquer natureza, pois de modo geral eles
não têm amor genuíno pelos seus rebanhos.
A busca pela
valorização pessoal do líder inevitavelmente o levará a fazer concessões morais
e espirituais, a fim de ser mais “simpático” e arrebanhar mais “simpatizantes”.
Deus condenou veementemente isso por meio de Jeremias, e continua a fazê-lo
através dos pastores fiéis à Sua Palavra. Aqueles pastores foram duramente
castigados, como também o serão os infiéis pastores atuais.
A DETERMINAÇÃO DO SENHOR
Eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras
para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; serão
fecundas e se multiplicarão. Levantarei sobre elas pastores que as apascentem,
e elas jamais temerão, nem se espantarão; nem uma delas faltará, diz o SENHOR.
Jr 23.3-4
Após advertir e
prometer punir os líderes infiéis, o Senhor se comprometeu a prover várias
bênçãos às suas ovelhas:
- Reuni-las
novamente;
- Abençoá-las com
numerosa descendência;
- Levantar pastores
fiéis que cuidariam adequadamente delas.
“(...) Eu
mesmo. Diante do fracasso dos reis, o próprio Senhor assumiria o controle
de uma maneira nova (...).”
BÍBLIA DE ESTUDO
DE GENEBRA. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo: Cultura Cristã, 2ª
edição, 2009. p. 989. Comentário de Jr 23.3
Ao mesmo tempo
que Deus pronunciou castigo sobre os líderes e sobre todo o povo de Judá e de
Israel, que se cumpriria com o exílio das duas nações e com um longo período de
nova escravidão, Ele se preocupou em garantir que reuniria novamente o
remanescente e cuidaria pessoalmente do seu povo.
O contraste entre
as atitudes dos líderes infiéis e as atitudes prometidas pelo Senhor é
evidente:
Líderes infiéis
foram acusados por Deus de:
- destruírem as
ovelhas;
- espalharem as
ovelhas.
Deus se
comprometeu a:
- reunir as
ovelhas (o contrário de dispersar);
- abençoá-las com
numerosa descendência (o contrário de destruir);
- dar-lhes
pastores que as apascentariam (manutenção do cuidado prometido).
A narrativa
bíblica está repleta de situações nas quais Deus removeu e puniu líderes
infiéis e levantou líderes fiéis em seus lugares:
- Samuel
substituiu Hofni e Finéias (1Sm 2.22-26);
- Davi substituiu
Saul (1Sm 18.6-16);
- Elias substituiu
os profetas idólatras (1Rs 18.20-40).
“(...) Isso deve
servir de alerta para nós. Se você, líder cristão, começar a se sentir muito à
vontade em seu cargo e fizer concessões doutrinárias ou morais, pensando que
tudo ficará bem, só estará enganado a si mesmo. O Deus do universo não
permitirá que seus planos sejam frustrados por líderes profanos e egoístas.
Suscitará outros líderes em seu lugar. Na verdade, ele já suscitou Outro, e é
para essa pessoa que nos voltamos agora. (...)”
CARSON, D.A. As
Escrituras dão testemunho de mim: Jesus e o evangelho no Antigo Testamento;
tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Vida Nova, 2015. p. 110.
A PROMESSA DO SENHOR
Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo
justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a
justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro;
será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa. Jr 23.5-6
Além de prometer
restauração ao povo, o Senhor prometeu que levantaria um “Renovo” justo. Essa
expressão também é utilizada pelos profetas Isaías e Zacarias:
Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo.
Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de
entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento
e de temor do SENHOR. Is 11.1-2
Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se
assentam diante de ti, porque são homens de presságio; eis que eu farei vir o
meu servo, o Renovo. Zc 3.8
Em todas essas
passagens, o termo refere-se ao descendente de Davi que se assentaria
eternamente no trono. Deus prometeu a Davi que seu trono nunca ficaria vazio.
Obviamente, só haviam duas formas dessa promessa ser cumprida: ou a
descendência de Davi seria eterna, de forma que seus filhos sempre seriam reis,
ou de Davi nasceria um descendente que governaria eternamente. Obviamente, hoje
temos a certeza de que a segunda opção é a verdadeira.
Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti;
teu trono será estabelecido para sempre. 2Sm 7.16
Após acusar os
líderes infiéis e prometer cuidar pessoalmente do povo, Deus relembrou o povo
tanto da promessa feita a Davi como do modo pelo qual ela cumprida.
“(...) A palavra
“Renovo” deve ser entendida como uma referência à sua relação com Davi: ele
virá da árvore de Davi. Davi é a raiz ou o tronco principal, e desse reinado
davídico há de vir outro rei. Portanto, neste sentido, ele é da linhagem de Davi.
(...)”
CARSON, D.A. As
Escrituras dão testemunho de mim: Jesus e o evangelho no Antigo Testamento;
tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Vida Nova, 2015. p. 111.
E quais seriam as
características desse Rei? O texto relata que Ele seria sábio e justo.
- Sabedoria: Sua
sabedoria seria completa, a ponto Dele conhecer totalmente a vontade e a
própria mente do Deus Pai, seus planos e a forma correta de agradá-lo. Ele
estaria ligado ao Pai em todos os momentos, seu reinado consistiria em fazer a
vontade daquele que o enviou (Jo 6.38).
- Justiça: Ele
seria o único Rei completamente justo. E essa justiça consistiria em,
primeiramente, viver de forma perfeita, sem pecado, a fim de estar apto a pagar
os pecados de suas ovelhas e dar a elas a nova vida Nele. O Rei justo se
sacrificaria pelos seus para salvá-los da condenação divina.
Essa justiça
faria com que suas ovelhas fossem perdoadas e vivificadas. Elas sairiam de uma
condição de “mortas e com a imensa dívida do pecado” para a condição de vivas e
justas diante do Pai, que as veria através dos méritos do Rei Justo. Essa foi a
grande promessa de Deus nesse texto.
Esse Rei sábio e
justo prometido é o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Deus-homem que
desceu do céu para pagar o nosso pecado e nos dar a nova vida Nele. Ele é o
Renovo Justo, o descendente prometido de Davi que já se assentou no trono e
reina para sempre. Ele tem o “nome que está acima de todo nome, e sobre o qual
se dobram todos os joelhos, no céu e na terra”.
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está
acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus,
na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor,
para glória de Deus Pai. Fp 2.9-11
“(...) Jesus não
foi um simples mestre que veio nos ensinar alguns preceitos morais para
podermos tentar seguir os caminhos de Deus. Nem mesmo veio para ser um bom
exemplo a ser imitado. Se tivesse feito apenas isso, teria fracassado
completamente em sua missão, pois nascemos pecadores. Nascemos dotados de uma
natureza corrupta, e a doença está dentro de nós. Um simples exemplo moral não
pode reverter essa situação. (...)”
CARSON, D.A. As
Escrituras dão testemunho de mim: Jesus e o evangelho no Antigo Testamento;
tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Vida Nova, 2015. p. 113.
Apesar do momento
difícil vivido por Jeremias, ao contemplar tanta corrupção e imoralidade na
cidade de Jerusalém e por toda a terra de Judá e de Israel, o Senhor prometeu
que restauraria o seu povo e que enviaria o Rei Sábio e Justo para reinar
eternamente. Certamente essa foi uma palavra bastante confortadora para o
profeta.
O Grande Rei
seria chamado: SENHOR, Justiça Nossa.
“(...) SENHOR,
Justiça Nossa. Observa-se aqui certa ironia. Zedequias, que foi objeto da
condenação de Jeremias em passagens anteriores (caps. 21-22), significa “O
Senhor é minha justiça”, mas o rei não fez jus ao seu nome. O grande Filho de
Davi que restauraria o reino depois do exílio seria, de fato, a justiça de
todos do seu reino. Reinaria com justiça e a estabeleceria em todo o seu povo.
(...).”
BÍBLIA DE ESTUDO
DE GENEBRA. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo: Cultura Cristã, 2ª
edição, 2009. p. 989. Comentário de Jr 23.6
A LIBERTAÇÃO DO SENHOR
Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que nunca mais dirão: Tão
certo como vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito;
mas: Tão certo como vive o SENHOR, que fez subir, que trouxe a descendência da
casa de Israel da terra do Norte e de todas as terras para onde os tinha
arrojado; e habitarão na sua terra. Jr 23.8-9
Essa pequena
passagem termina de uma forma até certo ponto intrigante: Deus prometeu que o
reinado do Renovo Justo seria tão maravilhoso que superaria a grandiosidade do
êxodo do povo de Israel do Egito.
Essa afirmação
deve nos fazer parar e pensar um pouco. Afinal de contas, o êxodo foi um dos
momentos mais espetaculares da história do povo de Israel. O povo não tinha
condições de enfrentar os egípcios, que eram a nação mais poderosa daquele
tempo. Portanto, os israelitas certamente seriam esmagados e novamente
escravizados. Mas Deus, por intermédio de Moisés, agiu com graça e poder para
libertar o povo e destruir os inimigos.
Essa história era
contada de geração em geração. Moisés era reverenciado como o grande líder do
povo de Israel, aquele que conversou com Deus no monte e recebeu as tábuas da
lei. O êxodo foi um acontecimento grandioso.
Mas, mesmo com
tudo isso, Deus diz no texto que o reinado do Renovo Justo seria maior que o
êxodo. Como entender isso?
O Reinado de
Jesus é maior que o êxodo por vários motivos:
Êxodo
|
Reinado de Cristo
|
Libertação temporal
|
Libertação eterna
|
Presença temporal de
Moisés
|
Presença eterna de Cristo
|
Moisés foi mediador e
pecador
|
Cristo é o mediador
perfeito
|
A liderança de Moisés foi
temporal
|
A liderança de Cristo é
eterna
|
EVENTO TEMPORAL
|
EVENTO ETERNO
|
O reinado de
Cristo é superior ao êxodo pelo fato de que o êxodo apontava para Cristo. A
libertação, a graça despendida pelo Senhor, a mediação de Moisés, tudo isso
apontava para a obra redentora de Jesus, que veio ao mundo para cumprir a
vontade do Pai e resgatar seus filhos.
As Escrituras
Sagradas são claras ao afirmarem que Jesus é superior a Moisés, e, da mesma
forma, o reinado de Cristo é superior ao êxodo.
Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que
Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu. Hb 3.3.
Toda a Bíblia
aponta para aquele grande dia, quando o Rei Justo buscará seu povo, limpará dos
olhos toda lágrima e reinará com justiça e majestade, e então poderemos
adorá-lo perfeitamente, como Ele merece. Esse será o grande dia superior ao
êxodo, o grande dia esperado por todos aqueles que amam Cristo como seu Senhor
e Salvador.
“(...) Só uma
resposta me vem à mente. Penso naquele dia que “nascerá eterno, claro e belo”,
quando todo o povo de Deus resgatado virá do leste, do oeste, do norte e do
sul. Quando eles virão cantando, e haverá alegria eterna sobre a cabeça de cada
um. Quando o pecado será então eliminado de uma vez por todas. Quando não haverá
mais sofrimento, nem choro, nem morte. Com efeito, penso naquele dia em que o
próprio Satanás receberá o golpe final das mãos do Senhor Jesus Cristo, quando
finalmente saberemos o que significa adorar a Deus com um coração sem pecado e
amá-lo perfeitamente. Quando Jesus, nosso grande Pastor, virá ele próprio nos
conduzir para a eternidade. Que dia glorioso! (...)”
CARSON, D.A. As
Escrituras dão testemunho de mim: Jesus e o evangelho no Antigo Testamento;
tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Vida Nova, 2015. p. 118.
CONCLUSÃO
Os líderes de
Israel e de Judá foram acusados por Deus de destruírem e espalharem as ovelhas.
Eles eram maus líderes, e seriam castigados pelo Senhor.
Esse castigo veio
com os exílios e com a deposição dessas pessoas de suas posições de liderança.
Após os exílios,
o Senhor prometeu reunir suas ovelhas, dar-lhes grande descendência e
constituir sobre elas líderes fiéis.
Mas Ele prometeu
mais. Prometeu enviar o Grande Rei, o Renovo Justo, que reinaria com sabedoria
e justiça. O Seu reinado seria grandioso e jamais teria fim. Ele sofreria por
amor às ovelhas, para dar a elas o perdão dos pecados e a nova vida. Por meio
desse Rei, as ovelhas seriam regeneradas, justificadas e capacitadas a
trabalharem no processo de santificação, com o auxílio do Espírito Santo de
Deus.
O reinado do
Renovo Justo é o maior e mais importante evento da história da humanidade. E o
último dia será tão grandioso que superará o dia do êxodo dos filhos de Israel
do Egito.
O êxodo foi
importante pela libertação miraculosa providenciada por Deus através de Moisés,
mas também porque apontava para o grande dia, o dia do juízo final, quando
Cristo, o Rei Justo, reunirá suas ovelhas para sempre em seu aprisco santo.
Que dia glorioso
para os que amam e servem o Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Hosana nas
maiores alturas! Ora, vem Senhor Jesus!
1Extraído e
adaptado de: CARSON, D.A. As Escrituras dão testemunho de mim: Jesus e o
evangelho no Antigo Testamento; tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo:
Vida Nova, 2015. p. 105-120.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÍBLIA DA
LIDERANÇA CRISTÃ. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007. 1344p.
BÍBLIA DE ESTUDO
DE GENEBRA. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo: Cultura Cristã, 2ª
edição, 2009. 1920p.
CARSON, D.A. As
Escrituras dão testemunho de mim: Jesus e o evangelho no Antigo Testamento;
tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Vida Nova, 2015. 224 p.
HARVEY, D. Eu sou
chamado?; tradução Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP:
Editoral Fiel, 2013. 216 p.